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Cultura | 20.08.13 - 14h21

Oficinas, debates e show nos primeiros dias do Festival A Letra e A Voz

[caption id="attachment_37468" align="alignleft" width="680"] Anelise Zimmermann é professora no Doutorado em Design da UFPE e desenvolve projetos de livros para a infância. (Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR)[/caption]

Cerca de 30 pessoas participaram da oficina "O desenho e o designer no livro para infância", orientada por Anelise Zimmermann, na tarde desta segunda-feira (19), no Museu Murillo La Greca, no Parnamirim. Na aula, Zimmermann, que é professora de Ensino do Desenho no Doutorado em Design da UFPE e desenvolve projetos de livros para a infância, procurou abordar todo o processo de elaboração do livro. “O objetivo é falar um pouco sobre as pessoas que trabalham em todas as áreas do livro para a infância, o processo de trabalho desde o início até chegar no livro impresso", explicou a pesquisadora.

A designer Carolina Kirschner estava satisfeita com a oportunidade de trocar experiências sobre o processo criativo voltado para publicações infantis: "A oficina está muito boa, com um conteúdo muito bom. Eu trabalho na área e vim porque tem informações que vão somar no meu trabalho de designer".

A programação do 11º Festival Recifense de Literatura – A Letra e A Voz segue até o dia 1º de setembro. Nesta terça-feira (20), além de haver a continuação da oficina "O desenho e o designer no livro para infância", às 17h será realizado o debate Futebol, literatura e identidade cultural, com o ensaísta José Miguel Wisnik (SP) e o jornalista Marcelo Cavalcanti (PE). Confira a programação no site do Festival.

O 11º Festival Recifense de Literatura - A Letra e A Voz começou no último sábado (17), com a abertura da 1ª Mostra de Literatura para Infância e Juventude pela exposição Sem Palavras, que tem ilustrações originais do pernambucano André Neves. As crianças estão adorando a mostra, já que as telas ficam na altura do campo de visão delas. Sobre seu trabalho, o ilustrador explicou como se dá a construção da narrativa visual. “Se literatura é contar uma história e eu estou contando uma história com imagens, as palavras estão nessas imagens e as pessoas costuram essa história. Então a leitura também pode ser visual”, contou André Neves. O autor participou do Blá-Blá com o ilustrador", e respondeu perguntas sobre a carreira, infância e o seu processo de criação, e ainda fez ilustrações ao vivo para as crianças.

Para o presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife (FCCR), Roberto Lessa, a Mostra de Literatura para a Infância e Juventude é uma oportunidade ímpar de aproximar os pequenos do hábito da leitura. “As crianças conhecem o livro e conversam com o autor. Essa literatura viva, que ela tem a oportunidade de presenciar de perto, ela vai levar pelo resto da vida”, disse.

A ilustradora Elma, que é pernambucana radicada na Paraíba, também participou de um “Blá-Blá com o ilustrador”, com mediação de Érica Verçosa. Ela mostrou para as crianças alguns livros que marcaram a sua carreira, falou sobre suas inspirações e citou o seu irmão André Neves como a sua maior referência na ilustração. Fechando o dia, o músico Juliano Holanda fez show às 20h, apresentando o seu álbum “A arte de ser invisível” com recital de música e poesia e a presença de vários convidados.

No domingo (18), a ilustradora Tati Móes participou de um bate-papo com mediação de Roberta Ramos, e respondeu perguntas de crianças e adultos. No debate o debate "A arte de editar ideias", com Daniela Padilha (SP), Manoel Constantino (PE) e Rodrigo Neves (EP), foram discutidas as dificuldades do mercado editorial.