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Cultura | 20.08.13 - 15h51

Prefeitura prioriza construção do legado da Copa para o Recife

[caption id="attachment_37481" align="alignleft" width="680"] Tema foi discutido na mesa de abertura do Seminário de Planejamento das ações para o evento, na manhã desta terça-feira (Foto: Luciano Ferreira/PCR)[/caption]

“Não estamos fazendo um evento deste porte em vão. Os investimentos têm que gerar benefícios à população e, por isso, decidimos ir muito além das nossas obrigações contratuais para investir no tema legado”. As palavras do secretário de Esportes e Copa do Mundo do Recife, George Braga, na abertura do Seminário de Planejamento das ações para o evento, nesta terça (20), refletem o foco da Prefeitura em assegurar que a realização da Copa deixe uma herança positiva e permanente para o povo.

Na visão do secretário, “o Recife e Pernambuco se posicionaram muito bem nesse sentido, com um conjunto de intervenções físicas que vão mudar a cara da cidade”. A Via Mangue, por exemplo, foi planejada décadas atrás e será entregue no próximo ano, após três anos de obra. “E o legado esportivo também é fundamental, com o estímulo e democratização do acesso às atividades físicas”, acrescenta George Braga. A reunião acontece no Centro de Formação de Educadores Professor Paulo Freire, na Madalena.

Para o assessor especial para Grandes Eventos do Ministério do Esporte, Joel Benin, a modernização da infraestrutura e as novas arenas são um legado material visível. “Mas há também a herança imaterial, com a promoção da cultura, do turismo, das cidades e dos estados. O Brasil recebe o evento com uma visão de oportunidade, fortalecendo sua imagem e ampliando suas relações com o mundo”, afirma, acrescentando que 26 bilhões de espectadores devem assistir à Copa do Mundo da Fifa.

Parceria - Dentro do processo de construção de um legado esportivo para a população, a Secretaria de Esportes e Copa do Mundo fechou parceria com o Instituto Esporte & Educação - presidido pela ex-jogadora de vôlei Ana Moser - que trará ao Recife o projeto “Cidades da Copa”, voltado a estimular o esporte educacional e as atividades físicas como herança do evento. A iniciativa deve ser colocada em prática ainda no segundo semestre deste ano.

Um dos coordenadores da entidade, Rodrigo Paiva, participou do Seminário e elogiou a preparação do Recife. “É a única cidade em que o legado está no próprio nome do órgão responsável pelo trabalho”, afirmou, em referência à Secretaria-Executiva de Copa e Legado, comandada por Danilo Moreira. Em sua palestra, Rodrigo citou exemplos de obras abandonadas na China e Grécia para alertar que o legado também pode ser negativo se não houver um planejamento adequado. “A herança positiva pressupõe ações voltadas para o desenvolvimento humano e para a inclusão social”, defende.