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Cultura | 20.11.12 - 13h47

Reeducandas do Bom Pastor recebem certificados de participação em oficina de artesanato e customização

[caption id="attachment_28432" align="alignleft" width="334"] A secretária de DHSC, Amparo Araújo, participou do evento e entregou os certificados. Foto: José Alves[/caption]

As 75 reeducandas da Colônia Penal Feminina do Recife (CPFR) que participaram da Oficina de Artesanato com Customização receberam, na manhã desta terça-feira (20), os certificados de conclusão do curso. A secretária de Direitos Humanos e Segurança Cidadã, Amparo Araújo, participou do evento, que contou com a apresentação de um recital do Grupo Popera Duo.

O curso formou três turmas com duração de 42 horas cada, e contou com o financiamento do Programa Nacional com Segurança Cidadã do Ministério da Justiça (Pronasci), por meio do Projeto Inserção na Linguagem das Artes, executado pela SDHSC. “Nos últimos quatro anos nós intensificamos os trabalhos nos centros prisionais em busca da valorização dos direitos humanos, desenvolvendo oficinas que permitem a essas mulheres adquirirem conhecimentos e transformá-los em atividade remunerada quando saírem das unidades”, ressaltou Amparo Araújo.

A ação faz parte da II Jornada Estadual de Direitos Humanos que acontece em parceria com a Secretaria de Ressocialização da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Pernambuco (SEDSDH). A partir do projeto, a Prefeitura do Recife trabalha na perspectiva da garantia de direitos, levando oportunidade de capacitação para as reeducandas com foco no mercado de trabalho.

“O balanço das atividades realizadas neste ano foi muito positivo. As internas saíram da rotina, desenvolveram suas, e ao sair terão a oportunidade de buscarem um emprego e sustento para suas famílias. Espero que essa parceria com a Prefeitura do Recife se prolongue e que novas idéias surjam para valorizar o projeto”, avaliou a chefe executiva da Colônia Penal Feminina do Recife, Alana Couto.

A reeducanda, Eva Vilma, participou de três oficinas e foi escolhida para falar em nome das alunas que participaram das atividades. “São através dessas oficinas que percebemos o quanto somos capazes de mudar nossa realidade, de fazer a diferença e de dar um bom exemplo aos nossos filhos. É difícil está aqui, mas não é o fim”, comentou a interna.

O Projeto Inserção na Linguagem das Artes tem como objetivo a formação de jovens e adultos, visando contribuir com a melhoria da qualidade de vida das comunidades do Recife. Para isso, promove na cidade ações culturais e de construção da identidade cultural de forma descentralizada. Entre as oficinas ministradas, estão as de literatura em cordel, música, confecção de instrumentos de percussão, fotografia, grafitagem, produção de vídeo, artesanato com reciclagem e bijuteria.