Secretaria de Saúde do Recife chama atenção para os cuidados com a fumaça das fogueiras de São João
Crianças costumam ser as principais atingidas pelo problema
Para a maioria das pessoas que vivem na cidade, a fumaça remete a algum perigo devido a sua associação imediata a um possível foco de incêndio. No entanto, esse sentimento costuma mudar durante o período junino e o que seria um sinal de emergência torna-se símbolo de festa e comemoração por causa das tradicionais fogueiras. Fora o risco potencial de queimaduras, a Secretaria de Saúde do Recife faz um alerta para problemas decorrentes do contato com o produto oriundo tanto da queima da madeira como da pólvora dos fogos de artifício.
Segundo a pneumologista da rede municipal, Edjane Burity, a atenção deve ser redobrada com a saúde dos pulmões. “A fumaça é um perigo principalmente para as crianças, que passam mais tempo próximas à fogueira. É importante que os pais limitem esse contato e observem qualquer sinal de insuficiência respiratória, ainda mais quando já existirem casos de doenças relacionadas na família”.
Os efeitos da fumaça se manifestam de forma diferente em cada pessoa, mas a irritação ocular e nasal está entre os mais comuns. Dor de cabeça e tontura são sinais mais graves de uma possível intoxicação. Nos casos em que o mal for intenso, o médico deve ser procurado imediatamente. Quando existir dificuldade para isolar completamente a inalação provocada por fogueiras na rua, é aconselhado fechar portas e janelas utilizando toalhas molhadas para vedar as frestas.
Quem sofre de doenças que envolvam o sistema respiratório como a asma, alergias ou tuberculose deve evitar ao máximo a exposição à fumaça. Ela age como um irritante e pode desencadear crises devido à grande concentração de gás carbônico e outros agentes, que, dependendo do elemento que produz a fumaça, podem ser extremamente tóxicos.