Prefeitura inaugura nova central de armazenamento e distribuição de vacinas no Recife
O sistema de saúde público do Recife ganhou importante reforço para erradicar e manter sob controle doenças que sejam prevenidas por meio de vacinação. É que o prefeito João Campos inaugurou, nesta segunda-feira (21), a nova sede do Programa Municipal de Imunizações na cidade. Na nova unidade, ficarão armazenadas as vacinas e é de onde acontecerá a distribuição de doses para as 150 salas de vacinação da Rede Municipal de Saúde. A nova central passa a funcionar na Madalena e recebeu investimentos da ordem de R$ 1,1 milhão.
“Nessa nova estrutura a gente tem duas vezes mais capacidade do que a estrutura antiga, para poder armazenar todas as vacinas que são utilizadas na nossa cidade. Aqui, tem várias geladeiras específicas para armazenar vacinas e uma câmara fria. Com essa estrutura a gente garante que o Programa de Imunização da nossa cidade tenha uma unidade mais forte e sólida para garantir que todos os recifenses sejam imunizados”, declarou João Campos.
“Lembrando que agora a gente está com a vacinação muito forte e intensa contra a covid-19, mas também temos várias campanhas de vacinação, que acontecem de maneira permanente na cidade. E vai ser aqui, nessa estrutura, que todas as vacinas serão armazenadas e a equipe que trabalha com isso também ficará. A cidade ganha esse importante ativo e eu tenho certeza que toda a equipe da Prefeitura, da Secretaria de Saúde, do Programa Municipal de Imunização, vai estar sempre à disposição para cuidar dos recifenses”, acrescentou o gestor no ato de inauguração da nova unidade.
Com uma área total construída de 345,23 m², as novas instalações do Programa Municipal permitirão mais do que dobrar a capacidade de armazenamento, passando de 210 mil para 526 mil doses de vacinas. Além de ser peça fundamental no atual processo de vacinação contra a covid-19, solução principal para a superação da pandemia, a nova sede vai ter capacidade para acondicionar todas as vacinas que fazem parte do Programa Nacional de Imunização (PNI), como tríplice viral e outros 25 imunobiológicos. Além disso, o ambiente novo proporciona melhores condições de trabalho para os funcionários deste setor.
A central conta com sala de armazenamento, composta por câmara fria de 55,80m³ e espaço destinado a 20 câmaras de conservação de vacinas de 280L; uma sala de distribuição e uma de inspeção, além de toda área administrativa que terá, entre outros ambientes, salas de reunião, apoio e técnica. A estrutura ainda contará com copa, recepção, banheiros acessíveis e um estacionamento com capacidade para oito vagas.
Na ocasião, a secretária de Saúde do Recife, Luciana Albuquerque, celebrou a inauguração do novo equipamento e fez questão de lembrar aos recifenses que a campanha de vacinação contra a gripe segue ativa, em paralelo aos esforços para conter a covid-19. "Inaugurar hoje esse espaço da nova sede do Programa Municipal de Imunizações do Recife é um sonho realizado para nós. Entre as vacinas que a gente armazena, temos as do calendário de rotina, como a vacina da gripe, e também as vacinas da covid-19. É muito importante dizer que quem está no grupo prioritário da vacinação da gripe e da covid-19, podem procurar nossos postos de vacinação para tomar os imunizantes”, destacou a secretária.
Atualmente, o PMI guarda 26 substâncias imunobiológicas. Na lista, estão as vacinas do calendário, como a BCG, que protege contra tuberculose; tríplice viral, que garante proteção contra sarampo, caxumba e rubéola; VIP e VOP, contra a poliomielite e HPV, que previne câncer do colo do útero; entre outras. Lá também são armazenados soros e imunoglobulinas antitetânicos e antirrábicos. Em época de campanhas de vacinação, como a de gripe, que está acontecendo desde o dia 12 de abril, o PMI chega a receber mais de 600 mil doses de vacina, mais que o dobro do recebido quando não há campanha.
Também presente na inauguração da sede do Programa Municipal de Imunizações, a coordenadora municipal de Imunização, Elizabeth Azoubel, relembrou que desde a criação do Programa Nacional de Imunizações, em 1973, foram eliminadas ou são mantidas sob controle as doenças preveníveis por meio da vacinação. “Quando se começou o Programa de Imunização em 1973 eram só quatro vacinas. Hoje em dia, entre vacinas e soros, nós temos mais de 26. Dentre elas, as contra poliomielite, caxumba, rubéola, sarampo e tétano. Todas as vacinas que causam doenças que são imunopreveníveis a gente tem aqui no programa”, comemorou.
“É tão importante para a cidade do Recife ter uma sede para o Programa de Imunização. Aqui, a gente vai garantir uma melhor qualidade às vacinas que vão sair dessa central, com a certeza de que não vai ter variação de temperatura que possa comprometer as vacinas ou alterar as potências delas. Apesar dos pais terem descuidado um pouco da vacinação, é importante a gente manter as crianças vacinadas e com altas coberturas para a gente evitar que algumas doenças como a poliomielite, e até mesmo o sarampo, voltem e tenham aquelas epidemias que a gente via há muitos anos. Quando a gente ama uma pessoa, a gente quer protegê-la. E a melhor forma da gente proteger, é vacinar. Quem ama, protege”, finalizou Azoubel.