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Planejamento Urbano | 21.09.17 - 16h29

Fotógrafa da URB Recife recebe homenagem em exposição no Museu da Cidade do Recife

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A mostra está aberta ao público a partir de hoje (20), no Museu da Cidade, no Forte das Cinco Pontas, e celebra a lei dos Imóveis Especiais de Preservação (IEP). (Foto: Josivan Rodrigues/Cortesia)

 

A noite desta quarta-feira (20) foi de grande emoção para a fotógrafa Aurelina Moura, funcionária da Autarquia de Urbanização do Recife (URB). Ela é a homenageada da exposição fotográfica Imóveis Especiais de Preservação 20 anos, uma iniciativa da Diretoria de Preservação do Patrimônio Cultural (DPPC/Secretaria de Planejamento Urbano) executada em conjunto com alunos do curso de Fotografia da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Para o trabalho, a DPPC relacionou 30 IEP espalhados pela cidade. Com a relação em mãos, as fotos passaram pela curadoria de Renata Victor, coordenadora do curso na Unicap, e da coordenação da DPPC para garantir a escolha.

Aurelina é uma verdadeira entidade entre o quadro de funcionários da URB. Natural de Vitória do Santo Antão, se mudou para o Recife para cursar Desenho Industrial na Universidade Federal de Pernambuco. Ainda estudante, ingressou no serviço público quando a sede da Prefeitura do Recife estava em finalização. Na URB sempre trabalhou no setor de programação visual, numa época em que todos os projetos eram minunciosamente estudados e executados à mão, sem os recursos tecnológicos dos dias de hoje. A fotografia surgiu como ofício por um acaso, mas sempre foi uma paixão. “Na escola, em Vitória, eu sempre fotografava as minhas amigas. Também registrava as festas da cidade, mas só por brincadeira”, conta Aurelina.

Foi fotografando que Aurelina se encontrou profissionalmente. Autodidata, virou especialista em retratar o Recife contemporâneo. Ao longo da sua trajetória, a fotógrafa registrou dezenas de imóveis e hoje a URB conta com acervo fotográfico que ajuda a contar a história da cidade. Em seu discurso de agradecimento a homenageada destacou que aos 72 anos de idade continua fotografando com alegria, prazer e muita disposição. “Fiz vários registros de áreas de baixa renda, reuniões e eventos da empresa. Mas foi em obras importantes da cidade, como a Via Mangue e o Parque D. Lindu, onde me realizei plenamente na fotografia e tive o prazer de conviver com as pessoas mais simples. Uma das coisas mais importantes para mim foi o convívio com os trabalhadores dessas obras, pois com eles aprendi a viver com humildade e alegria”, disse, emocionada, Aurelina.

Para Dirceu Marroquim, Gerente de Projetos do Patrimônio Cultural da DPPC e um dos curadores da mostra, “os seus olhos viram nascer e registraram a consolidação de uma cidade que se tornou patrimonializada”. “Aurelina é a primeira mulher dentro de um seleto time de fotógrafos como Alexandre Berzin, Quirino, e tantos outros que. Como ela, registraram o Recife e sua dinâmica urbana”, completa Marroquim.

SEMINÁRIO – A relação que as pessoas têm com o cotidiano da cidade, os elementos que compõem a sua identidade, o equilíbrio entre o ambiente já consolidado e a chegada do novo. A cidade é um organismo vivo e em constante movimento. Com esse olhar, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Planejamento Urbano (SEPLAN), se propõe a discutir, de maneira mais aprofundada, a importância que o patrimônio histórico e cultural tem para a cidade dentro do I Seminário sobre a Preservação do Patrimônio Cultural no Recife. Aberto ao público em geral gratuitamente, acontece até hoje (21), é coordenado pela Diretoria de Preservação do Patrimônio Cultural (DPPC), diretoria ligado à SEPLAN, e é realizado no Museu da Cidade (Forte das Cinco Pontas).