Fundação de Cultura Cidade do Recife

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Cultura | 21.09.17 - 16h43

Orquestra Sinfônica do Recife reúne grande pateia no Teatro de Santa Isabel

Sétimo concerto desta temporada da Orquestra Sinfônica do Recife atraiu diferentes gerações de recifenses e visitantes.

 

Para um grande público de iniciantes e iniciados, a noite de ontem foi da música erudita no Teatro de Santa Isabel. O sétimo concerto oficial da temporada 2017 da Orquestra Sinfônica do Recife atraiu um numeroso público formado por várias gerações de recifenses. E até por moradores da vizinhança.
 
Uma turma de 50 jovens entre 16 e 17 anos veio de Poção, cidade conhecida como a capital da Renascença, localizada no Agreste pernambucano, para a plateia do Santa Isabel. Alunos da Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Comendador Manoel Caetano de Brito, eles vieram passear pela cultura e por alguns atrativos turísticos da capital, como o Instituto Ricardo Brennand, um dos mais bem conceituados museus do país e o concerto, oferecido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife. “Prezamos por esse tipo de iniciativa, que coloca nossos estudantes em contato com a cultura, amplia seus horizontes”, disse Alcilene Maria Lira, uma das educadoras que acompanhou o grupo.
 
O concerto iniciou com a execução da peça Convergências Opus 28, escrita pelo maestro Marlos Nobre, em 1977, sob encomenda para o 1º Festival Latinoamericano de Música Contemporânea de Maracaibo, realizado na Venezuela. “É uma peça curta, rítmica, uma coreografia musical”, definiu o maestro, antes de apresentar a obra, que já foi gravada em diferentes países e se tornou uma de suas mais célebres peças.
 
O programa seguiu com a Sinfonia nº 2 em ré maior, Opus 73, do alemão Johannes Brahms. “No concerto de agosto, fizemos a primeira sinfonia de Brahms, agora foi a vez da segunda e seguiremos essa programação nos próximos meses até chegar à quarta. É interessante notar as diferenças entre cada uma delas. Ao contrário da primeira, a segunda é bem mais plácida, leve, alegre até”, comentou o maestro, que se declarou estudioso da obra e da vida dos compositores clássicos. “A música reflete a própria vida do autor.”
 
E é justamente para conhecer mais sobre o legado de cada um deles, que a aposentada Mônica Borges, 61, não perde nenhum concerto. “Esse é um importante projeto de preservação cultural de nossa cidade. Venho sempre, trago vários amigos, chamo todo mundo”, disse, ao lado de uma de suas muitas convidadas, a amiga Conceição Vasconcelos. “Sempre tive curiosidade, mas faltava coragem. Mônica foi o estímulo que faltava.”
 
Ilka Santos, 40 anos, também foi levada por uma amiga para a noite de música erudita, que lhe reservou uma grata surpresa. “Não conhecia o Teatro de Santa Isabel. Um absurdo.”
 
Já acostumado à beleza do teatro, o estudante Rodolfo da Silva Costa, 19 anos, não perde uma oportunidade de celebrar a cultura naquela plateia. “Venho sempre aos concertos. Temos pouquíssimas chances de entrar em contato com a música erudita sem pagar nada. Precisamos aproveitar”, disse, ladeado por amigos.
 
Os concertos da Orquestra Sinfônica do Recife são gratuitos e têm periodicidade mensal.