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Cultura | 21.11.13 - 14h25

Estudantes da PCR homenageiam Zumbi dos Palmares na 9ª Caminhada pela Igualdade Racial

[caption id="attachment_40878" align="alignleft" width="680"] Com faixas e cartazes, alunos de mais de 20 escolas municipais percorreram ruas do Centro do Recife em ato contra o racismo e pelo fim da desigualdade racial na sociedade. (Foto: Inaldo Lins/PCR)[/caption]

Centenas de estudantes de mais de 20 escolas municipais do Recife participaram, na tarde desta quarta-feira (20), da 9ª Caminhada das Escolas Municipais pela Igualdade Racial, que culminou com homenagem a Zumbi dos Palmares. O evento faz parte das comemorações do Dia Nacional da Consciência Negra. Com o tema "Nossos passos vêm de longe", a caminhada teve como foco conscientizar a população sobre a necessidade de combater o racismo.

Ao som das alfaias e dos berimbaus, os estudantes percorreram as principais ruas do Centro do Recife em direção ao Pátio do Carmo. Eles levavam cartazes e faixas para pedir o fim da desigualdade racial na sociedade. A ação faz parte da política municipal de educação que inclui a história e cultura afro-brasileira no currículo das escolas da cidade, de acordo com a Lei Federal nº 10.639/2003.

No fim do percurso, os alunos homenagearam Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, que morreu em 20 de novembro de 1695. Os estudantes apresentaram maracatus e uma roda de capoeira em frente ao monumento que lembra o legado de resistência de Zumbi e do quilombo, no Pátio do Carmo, bairro de Santo Antônio.

“A caminhada faz parte das ações que a Secretaria de Educação promove junto aos alunos o ano inteiro. Nossa intenção é desconstruir a prática do racismo e modificar a visão dos futuros cidadãos”, reforçou Fátima Oliveira, coordenadora do Grupo de Trabalho em Educação das Relações Étnico-Raciais (Gterê), da Secretaria da Educação do Recife.

A diretora da Escola Municipal André de Melo, Josete Souza, considera que esse trabalho tem conseguido combater o racismo nas escolas da rede municipal. “Depois da inclusão do estudo da cultura afro-brasileira nas escolas, estamos percebendo mudanças no comportamento dos alunos. Eles estão mais conscientes das diferenças e respeitam-nas", revela a gestora da unidade, que fica no bairro da Estância.

“Acredito que participar da caminhada só coloca em prática o que a gente estudou na sala de aula. A gente precisa diminuir a desigualdade racial e mostrar que todos são iguais, independentemente da cor da pele”, reforçou o estudante Gabriel de Oliveira, do 5º ano da Escola Municipal Educador Paulo Freire, no Ipsep.