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De segunda a quinta, vários grupos musicais da unidade de ensino e convidados fizeram apresentações de MPB, rock, jazz e frevo. (Foto: Lú Streithorst/PCR)

As apresentações do guitarrista Ronaldo Menezes e do Grupo Som do Brasil fecharam a Semana da Música da Escola Municipal de Artes João Pernambuco (EMAJPE), na Várzea, na noite dessa quinta-feira (20). Desde segunda-feira (17), os grupos musicais da unidade de ensino e convidados tocaram MPB, rock, jazz, frevo e vários outros estilos musicais. Esta foi a terceira edição da Semana da Música promovida na João Pernambuco.

A programação também incluiu o Grupo Instrumental Brasileiro’s, que é da própria escola e toca MPB; A Trombonada, que toca MPB instrumental com trombones; o Coral João Emiliano, da EMAJPE; o Grupo Arrebol, que toca música regional; Julio Pulman e Banda; Big Band, que é da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e toca jazz; Banda NOZ4, de MPB instrumental, e a Orquestra Experimental de Frevo da UFPE.

O guitarrista Ronaldo Menezes tocou várias músicas de rock instrumental e cantado, alguns clássicos da MPB de Jorge Vercillo e Djavan, Ganzaga em ritmo de samba e rock, além do seu estilo preferido, o fusion, que é uma mistura de rock e jazz. Entre uma música e outra, ele falou sobre afinação da guitarra, deu explicações sobre técnica musical e abriu espaço para as perguntas dos estudantes. "Sempre gosto de trocar experiência com o público, de conversar sobre técnica musical e tirar dúvidas. Já faz parte da minha rotina porque ministro muitos cursos e workshops", disse Ronaldo, que é formado em música pela UFPE e foi aluno do Conservatório Pernambucano de Música. Atualmente ele dá aula de música e arte para crianças do Colégio Damas e está gravando o primeiro CD, que pretende lançar em setembro de 2015.

Um dos presentes na Semana da Música foi Bruno Edson Martins, 33 anos, aluno de música da João Pernambuco. "Gostei muito da Semana da Música, tanto das apresentações quanto das dicas de técnicas de guitarra. Vou aproveitar muito as orientações porque pretendo me especializar aqui em voz e violão".

O diretor da Escola de Artes João Pernambuco, Abraão de Barros, disse que está se organizando para, em 2015, fazer uma Semana da Música unificada no Recife, junto com outras instituições. "Como aqui tem sido um grande polo de produções artísticas, conseguimos uma parceria muito boa com a UFPE. Vieram tocar aqui grupos muito bons e concorridos. Além das boas apresentações, também buscamos sempre fazer um trabalho didático. Os grupos que tocaram aqui também falaram sobre a história do ritmo que tocavam, sobre o compositor e a época da composição. Sabemos que nem todos os músicos têm esse traquejo pedagógico, mas como fazemos o evento numa escola, tentamos estimular isso porque os alunos estão aqui para aprender", explica o gestor.

Segundo Abraão de Barros, a EMAJPE é a única escola do Nordeste que trabalha com as quatro linguagens artísticas: música, dança, teatro e artes visuais. Atualmente, a instituição tem cerca de 2.500 alunos matriculados, incluindo estudantes de 7 a 66 anos. Com duração de dois anos e meio, os cursos incluem aulas teóricas e práticas. "Estimulamos os nossos alunos a seguirem daqui para a universidade. Em todo vestibular de música, dança, teatro e artes visuais, 30% das turmas são de estudantes nossos. Depois muitos deles voltam para a escola como estagiários, e não mais como alunos, o que é ótimo para a EMAJPE".

MATRÍCULAS - Os interessados em estudar na Escola de Artes João Pernambuco devem ficar atentos ao período de matrículas, que será nos dias 14, 15 e 16 de janeiro, na própria unidade de ensino. É preciso levar cópias da identidade e CPF, comprovantes de residência e de escolaridade (a partir do 7º ano do Ensino Fundamental) e foto 3x4. Em caso de dúvidas, os interessados devem ligar para os telefone 3355-4093/94 ou enviar e-mail para emajpe@gmail.com.

TEATRO - Os alunos de teatro da EMAJPE receberam sete premiações no 14º Festival de Teatro de Limoeiro (Festel), no Centro Cultural Ministro Marcos Vinícios Vilaça, no Agreste de Pernambuco, no último dia 6. O espetáculo premiado foi Engenho Banguê, que é uma releitura do livro Morte e Vida Severina, do escritor recifense João Cabral de Melo Neto. Além dos prêmios de melhor espetáculo, direção, ator, ator coadjuvante, cenário, sonoplastia e iluminação, Engenho Banguê também recebeu indicações nas categorias melhor atriz, maquiagem e figurino.

Fazem parte do elenco os alunos e atores Flávia Ribeiro Bezerra, Daiana Fernanda da Silva, Dayane Ketlen Cavalcanti da Silva, Halberys Morais de Holanda, Fabio Henrique da Silva e Fagner Sebastião da Silva. O espetáculo é dirigido pelo professor de teatro Otacílio Cabral de Arruda Júnior. No mês de setembro, a montagem dos alunos ganhou o prêmio de Melhor cenário adulto no Festival Haverá Teatro?, realizado na cidade de Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata de Pernambuco.