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Completando quatro dias de atividades, o 20º Festival Recife do Teatro Nacional, promovido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife terá programação em dobro na noite de hoje. Serão apresentados, no Teatro Apolo e no Luiz Mendonça, respectivamente, a celebrada produção local Ligações Perigosas, do grupo pernambucano Teatro de Fronteira, e o inédito e também festejado pela crítica Teatro La Independencia, do Oco Teatro Laboratório, da Bahia.

Dirigida por João Denys Araújo Leite, a peça Ligações Perigosas se debruça sobre os jogos emocionais de um intrincado polígono amoroso-sexual-teatral. A produção conta com Rafael Almeida e Rodrigo Dourado no elenco; figurinos, adereços e maquiagem de Marcondes Lima; e design de luz de João Guilherme de Paula. A partir das 20h, no Apolo.

Também às 20h, o grupo baiano OCO Teatro Laboratório estreia na cidade seu Teatro La Independencia, questionando os limites entre realidade e utopias, necessidades e desejos. A história se passa na América Latina, onde o grupo de atores que vive no e pelo Teatro La Independencia precisa abandonar o prédio, comprado por um empreendimento. O texto é de Paulo Atto e a direção, de Luis Afonso, que também assina o cenário. Os figurinos são de Agamenon Abreu. Fazem parte do elenco: Evelin Buchegger, Rafael Magalhães, Uerla Cardoso, Caio Rodrigo, Evana Jeyssan e Daniel Farias. O espetáculo será reapresentado amanhã, nos mesmos teatro e horário.

Amanhã (22), também será dia de estreia. Além de Teatro La Independencia, a catarinense Cia Cobaia Cênica sobe aos palcos do Festival para apresentar pela primeira vez na cidade o espetáculo O que só Passarinho Entende, verdadeiro libelo à preservação ambiental. Indicado para todos os públicos, o solo do ator (pernambucano!) Samuel Paes de Luna trata da relação de um homem, natural do Vale do Jequitinhonha, e de sua relação com a terra que o sustenta. De maneira lúdica e poética, o personagem tenta convencer a plateia de que a maior de suas virtudes é manter os pés bem fincados na terra, em permanente contato e perfeita harmonia com a natureza. O espetáculo será apresentado às 20h, no Teatro de Santa Isabel.

Até o próximo domingo (25), serão apresentadas ainda outras duas produções nacionais e inéditas na cidade: LTDA., do Coletivo Ponto Zero, do Rio de Janeiro; e A Gaiola, da também carioca Camaleão Produções Culturais e LTDA.

De Pernambuco, integram a programação também: Próxima, solo da atriz Cira Ramos; Em Nome do Desejo, da Galharufas Produções; Espera o Outono, Alice, do Amaré Grupo de Teatro; e Pro(Fé)Ta – O Bispo do Povo, do Coletivo Grão Comum.

Os ingressos custam R$ 10 (R$ 5 para estudantes) e serão vendidos nas bilheterias de cada teatro, a partir das 16h.

Terceira noite - Ontem, na terceira noite de atividades do 20º Festival Recife do Teatro Nacional, a programação também foi intensa, com a apresentação dos espetáculos Woyzeck-Zé Ninguém, do grupo baiano Teatro Terceira Margem e Artistas Independentes, e A Mulher Monstro, da pernambucana S.E.M Cia de Teatro, nos teatros Hermilo Borba Filho e Barreto Júnior.

“Gosto que só de teatro. Esse festival é muito acessível, importantíssimo. Ninguém tem nem desculpa pra deixar de prestigiar”, disse a atriz Luciana Pontual.

“Acho maravilhosa essa iniciativa de oferecer cultura sem cobrar caro. É cada vez mais necessário”, defendeu a autônoma Monyck Vieira, enquanto amarrava sua bicicleta em frente ao teatro Barreto Júnior.

Frequentadora assídua do mesmo Barreto Júnior, a dona de casa e vizinha do teatro Keila Prazeres fez ontem sua estreia na 20ª edição do Festival. “Por causa do Barreto Júnior, comecei esse hábito de frequentar teatro. É bom demais!”

 Confira a programação dos próximos dias de Festival aqui.