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Cultura | 21.11.18 - 17h05

Terça Negra de Novembro encerra programação no próximo dia 27

Em comemoração ao mês da Consciência Negra, a Terça Negra promove quatro edições neste mês de novembro. Ontem, Dia da Consciência Negra, a programação começou pela manhã e seguiu até a noite. No dia 27, Faces do Subúrbio está entre os nomes da programação

 

Celebrando a cultura afro-brasileira, na próxima terça-feira (27), acontece a última Terça Negra de novembro. É que neste mês da Consciência Negra, o tradicional evento do Pátio de São Pedro está sendo realizado em quatro edições. Na terceira edição, ontem (20), Dia da Consciência Negra, a programação começou pela manhã - com Feira Afroempreendedora, oficinas e shows - e só terminou a noite. O evento é realizado pelo Movimento Negro Unificado, com apoio da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura, da Fundação de Cultura Cidade do Recife e do Núcleo da Cultura Afro-brasileira.

No dia 27, a festa a céu aberto, gratuita e aberta ao público, vai começar com uma roda de capoeira com vários grupos ligados ao Fórum Permanente de Políticas Públicas para a Capoeira. Em seguida, vai ser a vez de Massapê, às 20h. Um pouco mais tarde, às 21h, uma das mais queridas bandas do rap brasileiro, a Faces do Subúrbio, sobe ao palco. Fechando a noite, a Marlevou vai apresentar uma música pernambucana que bebe na fonte jamaicana do Reggae.

A noite de ontem começou com roda de capoeira como é de costume nos eventos da Terça Negra. Para a empregada doméstica Mariza da Silva, 38 anos, a roda estava maravilhosa: “esta é a segunda vez que venho a Terça Negra, a primeira vez foi no ano passado. É muito importante celebrar o Dia da Consciência Negra e toda essa nossa cultura”.

O Maracatu Linda Flor também envolveu o público presente com beleza e batida marcantes. A aposentada Cleonice Santana, 66 anos, que estava sentadinha perto do palco, aprovou o que viu. “Já assisti esse maracatu outras vezes aqui no Pátio de São Pedro, o grupo é ótimo. Toda Terça Negra eu estou aqui, não gosto de ficar em casa sem fazer nada e adoro festejar a vida”, contou ela. “Além disso, acho necessário lembrarmos do Dia da Consciência Negra, pois perante a Deus, todos somos iguais”, complementou.

O terceiro grupo a se apresentar foi o Tambor Falante, que mostra o papel do tambor nos ritmos de Pernambuco e na Afro World Music, sem esquecer de somar a influência da música eletrônica. De acordo com o aposentado Guilherme da Silva, 70 anos, o som da banda é mais do que original. “Estou assistindo pela primeira vez, achei maravilhoso. Moro em Paulista, mas sempre procuro frequentar a Terça Negra, pois é um lugar tranqüilo, tem segurança e as pessoas são muito agradáveis”, explicou ele.

Com um trabalho sócio-cultural que busca a disseminação da cultura afro-brasileira, a banda Afro Pop da comunidade de Peixinhos, Lamento Negro, também subiu ao palco do Pátio de São Pedro animando a noite de ontem. Por último, Lucas & Orquestra dos Prazeres emocionaram os presentes mostrando a soma de instrumentos percussivos, resgate da cultura popular e valorização das raízes afro-brasileiras.

Mais cedo, durante o dia, a programação foi concebida com a participação das secretarias de Turismo, Esportes e Lazer e de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos. Teve Feira Afroempreendedora, serviços de saúde, oficinas diversas.