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Saúde | 22.07.16 - 19h51

Mutirão da Prefeitura do Recife atende 67 crianças com suspeita de microcefalia

Bebês foram acolhidos por equipe multiprofissional e submetidos a consultas e exames para fechar diagnóstico

 

A dona de casa Darlene Francelino saiu da Unidade Pública de Atendimento Especializado (UPAE) Deputado Antônio Luiz Filho, no Arruda, sabendo que a filha, Ana Luiza, de três meses, não tem microcefalia. “Estou muito feliz com a confirmação de que não é. Fazer com que as pessoas que não têm condições de pagar por um exame ou um transporte, para saber se o filho tem microcefalia ou não, isso em um só lugar, é maravilhoso”, declarou. A filha dela foi atendida, nesta sexta-feira (22), no mutirão realizado pela Secretaria de Saúde do Recife, em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde, para fechar o diagnóstico de bebês com suspeita de microcefalia. Ao longo do dia, 67 crianças foram atendidas.

“As mães que ainda não tinham levado os filhos para fazer todos os exames tiveram a oportunidade de receber o diagnóstico no mesmo dia”, explicou o secretário municipal de Saúde, Jailson Correia. Além das que já haviam sido agendadas pela Secretaria Executiva de Regulação do Recife, o mutirão também acolheu por demanda espontânea. “Aqui, a avaliação foi feita por neuropediatras, assistentes social, enfermeiros e psicólogos”, completou o secretário.

Depois de passar pela consulta médica, as crianças que continuavam dentro da suspeita, foram encaminhadas para exames de tomografia, LCR (líquido cefalorraquidiano) e sorologia – este último responsável por indicar se a malformação foi causada por infecção do vírus zika. Além disso, as mães receberam kits e orientações sobre higiene bucal, sobre amamentação e também atualizaram o cartão vacinal da criança.

No total, 61 casos foram descartados. Os três casos com diagnóstico positivo de microcefalia serão encaminhados para o Núcleo de Desenvolvimento Infantil, na Policlínica Lessa de Andrade, na Madalena. Outros três ainda realizarão tomografia na próxima semana. “Eu já sabia que meu filho tem microcefalia, inclusive desde os cinco meses que ele é acompanhado na Policlínica Lessa de Andrade. Vim fazer a sorologia para descobrir se foi zika. Minha vida mudou com o nascimento de Davi, a dedicação é grande. O amor que sinto por ele é maior que tudo”, disse Mylene Helena Santos, de 22 anos.