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Cultura | 22.10.18 - 15h31

23º Festival de Dança do Recife movimentou a cidade em 10 dias de programação

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Promovido pela Prefeitura do Recife, o 23º Festival de Dança do Recife encerrou a sua programação ontem (21) e ocupou teatros e espaços públicos da cidade com espetáculos, oficinas e palestras (Foto: Wesley D´Almdeida/PCR)

 

Depois de apresentar 17 espetáculos ao longo de 10 dias, o 23º Festival de Dança do Recife chegou ao fim na noite de ontem (21). Promovido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura do Recife e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, o evento contemplou grupos locais, nacionais e internacionais em teatros e espaços públicos da cidade, com apresentações para todos os gostos.

Hip Hop, danças populares, folclóricas e contemporâneas estiveram na programação de espetáculos do Festival, sem falar nas seis mostras de coreografias, com quase 50 números de bailarinos daqui e de fora, debates e 11 oficinas gratuitas. As oficinas abraçaram os mundos das Dança de Salão, Dança do Ventre, Sapateado, Jazz, Dança Clássica e muito mais. As palestras também não deixaram a desejar, pois temas atuais e urgentes como gênero, rotina e maternidade na dança; descolonização do corpo e politização no fazer do corpo e planejamento estratégico e economia criativa em dança foram discutidos.

Ontem, a programação começou logo cedo, às 10h, com a Batalha de Hip Hop no Compaz Eduardo Campos, no Alto de Santa Terezinha. Com apresentação do Brasil Style Bgirl (DF), a batalha seguiu até às 21h.

No Teatro Apolo, a atração foi internacional. Às 18h, o grupo da Eslováquia Folklore Ensemble Stavbár apresentou as tradições de dança e música da cultura folclórica popular do País. O bailarino Halisson Santana, 25 anos, conferiu a espetáculo e aprovou o que viu: “Achei maravilhoso, gostaria que o grupo viesse mais vezes. O Festival de Dança do Recife deste ano teve atrações bem diversificadas”.

Já o estilista e design de moda Luciano Barreto, 42 anos, gostou tanto da atração da Eslováquia que queria que o espetáculo durasse mais tempo. “Amei o figurino, serviu de inspiração para o meu trabalho. Gostaria que houvesse mais eventos como este no Recife”, contou ele.

No Teatro de Santa Isabel, às 19h, o público conferiu o espetáculo Em Comum, do grupo pernambucano Cia dos Homens, fundado há 30 anos. As coreografias homenagearam a arte dos bonecos e levantaram reflexões como: até que ponto somos manipulados, enxergando o mundo através dos olhos de um boneco? O que nos move?

A estudante Natália Oliveira, 19 anos, assistiu a Cia dos Homens pela primeira vez. “Achei incrível, ainda estou processando tudo o que vi”, comentou ela. A mãe da estudante, a advogada Emília Oliveira, 39 anos, também se encantou com a apresentação: “é bem diferente de tudo o que eu já vi em dança”. O artista Daniel de Andrade, 25 anos, foi outro que se impressionou. “Adorei. A estrutura e o material cênico são muito bons”, explicou.

O Teatro Hermilo Borba Filho e o Teatro Luiz Mendonça também tiveram programação na última noite do 23º Festival de Dança do Recife. No primeiro, o espetáculo Retomada, do Grupo Totem (PE) subiu ao palco às 19h. O grupo buscou captar a força e a energia dos povos indígenas pernambucanos como Pankararu, Xukuru e Kapinawá. No Luiz Mendonça, o Cais Cia de Dança, também de Pernambuco, apresentou o Diário das Frutas. Inspirado na obra de Tereza Costa Rêgo e nos textos do jornalista e antropólogo Bruno Albertim, o espetáculo é uma criação do bailarino e agora coreógrafo Dielson Pessoa, que também faz parte do elenco.