Fundação de Cultura Cidade do Recife

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Cultura | 23.05.18 - 18h02

Paço do Frevo recebe última semifinal do Festival Nacional do Frevo, nesta sexta-feira (25)

A partir das 19h, oito candidatos defenderão frevos canção, de bloco, de rua e autorais. O evento, realizado pela Prefeitura do Recife, é gratuito e aberto ao público.

A programação do Festival Nacional do Frevo 2018 chega ao Recife Antigo nesta terceira semana de apresentações. A derradeira semifinal será realizada a partir das 19h desta sexta-feira (25) e será aberta ao público. Honrando a essência do frevo, gênero que nasceu e se perpetuou tradição nas ruas da capital pernambucana, a eliminatória que definirá os últimos quatro finalistas do concurso será realizada a céu aberto, na calçada do Paço do Frevo.

Com o objetivo de assegurar renovação ao gênero musical e estender sua vigência no calendário festivo recifense, o festival é uma realização da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura Cidade do Recife, com apoio da Globo e da Fundarpe.

Desta última eliminatória do concurso, participarão oito candidatos, dois de cada uma das quatro categorias, inclusive a única candidata mulher e não pernambucana entre os finalistas: a paulista Maicira Trevisan. Somente quatro deles garantem vaga na final.

Os candidatos irão se apresentar acompanhados de coral feminino e da orquestra regida pelo consagrado maestro Edson Rodrigues, com exceção dos dois semifinalistas da categoria Frevo Livre Instrumental - Autoral, que se apresentarão com formação e músicos próprios, conforme previsto em edital.

A grande final do Festival Nacional do Frevo será realizada no dia 1º de junho, no Teatro de Santa Isabel. Entre os prêmios que os vencedores receberão estão apresentações remuneradas no Carnaval 2019 e no Festival de Inverno de Garanhuns de 2018 e gravações em estúdio de suas composições.

 

PROGRAMAÇÃO FESTIVAL NACIONAL DO FREVO

DIA 25 DE MAIO
19h, na calçada do Paço do Frevo

Músicas/artistas que se apresentarão:


CATEGORIA FREVO DE BLOCO

No Primeiro Dia do Nosso Amor - Composição: Lourenço Gato e Flávio Souza/ Arranjo: Fábio Valois

Cantor e compositor pernambucano, Lourenço Gato tem músicas gravadas por grandes artistas como Claudionor Germano, Alceu Valença, Banda de Pau e Corda, Quinteto Violado entre outros. Já participou de diversos concursos musicais e, entre os troféus que conquistou está o primeiro lugar do Abraça Brasil com a música Estrela de Salú.  Sua música mais conhecida pelo grande público é O tarado da Sé, que compôs em parceria com Luciano Padilha e João Sales.

Corpo, Alma e Coração - Composição: Jades Sales/Arranjo: Tovinho

Cantor, compositor e performer, Jades Sales iniciou sua trajetória musical em 2007, com o projeto Cartola 100 anos, que circulou por vários estados e depois virou disco. Em 2010, lançou Não há um só planeta divertindo gente, com releituras de clássicos da MPB e músicas inéditas, depois outra coletânea. No último mês de janeiro, lançou seu primeiro trabalho autoral, dedicado ao frevo, o EP Eletrofervo, onde experimenta a junção do frevo com células de outros ritmos.


CATEGORIA FREVO DE RUA

Pitombeirando - Composição: Luiz Gonzaga de Castro/ Arranjo: Silvio José Alves de Oliveira Junior

Luiz Gonzaga de Castro é professor universitário, mas prefere se creditado como folião pernambucano. Foi membro do Centro da Música Carnavalesca de Pernambuco. Possui treze frevos gravados, de rua e de bloco. Já foi premiado no Concurso de Música Carnavalesca de Pernambuco. Ardoroso defensor do frevo,é um dos fundadores e diretores da Orquestra Paranampuká, que prestigia compositores pouco executados nas ruas do Recife e Olinda. Compôs Matando Saudade há muitos anos, em São Paulo.

Alvoroçado - Composição e arranjo: Bené Sena

O candidato não enviou informações

 

CATEGORIA FREVO CANÇÃO

Claudionor, o Menino do Frevo - Composição: Bráulio de Castro e João Araújo/ Arranjo: Fábio Valois

Natural de Bom Jardim, Bráulio herdou do avô a paixão pelo frevo. Seu interesse por música nasceu junto com ele, mas só começou a virar profissão quando o compositor mudou-se para o Recife. Aos dezoito anos, Bráulio teve a sua primeira composição gravada. Não por acaso, um frevo. E não parou mais. Entre os grandes intérpretes de suas canções estão Claudionor Germano, Nando Cordel, Elza Soares, Luiz Gonzaga, Noite Ilustrada, entre muitos outros. Também coleciona participações e troféus em concursos de música.

Celeiro do Frevo - Composição: Júnior Vieira/ Arranjo: Paulo Nascimento

Poeta, repentista, cordelista, escritor, compositor e intérprete, Júnior Vieira é natural de Brejo da Madre de Deus. Vencedor de vários festivais de música e poesia, aboios e toadas, tem composições gravadas por Paulo da Hora e Irah Caldeira, entre muitos outros. É também compositor do Galo da Madrugada. No forró, tem músicas com Chiquinha Gonzaga, Amelinha e Elba Ramalho. Define a música escrita e inscrita por ele como: uma ode a Pernambuco, Joaquim Nabuco, Capiba, Nelson Ferreira e, sobretudo, ao Recife.

 

CATEGORIA FREVO LIVRE INSTRUMENTAL – AUTORAL

Primeiro de Maio - Autor: Romero Bonfim. Arranjo: Parrô Mello

Músico, pedagogo e mestrando em Música, Educação e Sociedade pela UFPE, Romero nasceu e criou-se no Recife. O primeiro instrumento que aprendeu a tocar foi o clarinete, depois passou a estudar sax-tenor e, com ele, enveredou pela vida profissional. Saxofonista e arranjador, participou de CDs e DVDs de diversos artistas. Também atuou como educador em vários projetos sociais, defendendo a música como caminho. Hoje integra o Quinteto Arraial, o Bloco Lírico Cordas e Retalhos, além de ser professor e coordenador da BL Music.

Frevo do Manezito - Composição e arranjo: Maicira Trevisan

Única compositora e arranjadora mulher e não pernambucana a participar das semifinais, Maicira é paulista, mas conheceu o frevo ainda criança. Ao estudar música, incorporou de vez os ritmos nordestinos a seu repertório. Participou por 15 anos de um grupo de forró feminino, tocando e fazendo arranjos. Conta que compôs o Frevo do Manezito quando experimentava um flautim. Considera o frevo um gênero de imensa legitimidade brasileira, delicioso de tocar, ouvir e dançar, primoroso no fraseado e frevoroso na vibração.