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Cultura | 23.10.14 - 11h28

Espetáculo de frevo contagia o Paço Alfândega

O Grupo Se7e apresentou diversos olhares sobre a forma de dançar o frevo. (Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR)

O Grupo Se7e confirmou nesta quarta-feira (22) que o frevo é movido por amor e muita dedicação. Durante a apresentação do espetáculo Sete Solos, no hall do Paço Alfândega, no Bairro do Recife, o grupo mostrou que suavidade e irreverência podem andar juntos. A atividade fez parte da programação do 19º Festival Internacional de Dança do Recife, que é uma realização da Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife.

Com o tão reverenciado, Vassourinhas, frevo de rua popular composto por Matias da Rocha e Joana Batista, foi iniciado o espetáculo que teve a duração de 50 minutos. A proposta era a de mostrar visões distintas acerca do ritmo. Num primeiro momento, o bailarino desengonçado, com passos aparentemente pesados, cansados, falava sobre o aprendizado, quando se busca a maestria na realização dos movimentos.

Em outro momento, numa representação típica do carnaval de rua, os bailarinos riam e cambaleavam uns nos outros enquanto dançavam ao som dos frevos. Logo em seguida, o passo, com toda a plenitude de seus movimentos dinâmicos, tomou conta da apresentação que culminou em tom de comédia, numa espécie de paródia musical.

O espetáculo Sete Solos chamou a atenção do público que passeava pelo shopping que, contagiado pela energia do frevo, parou para assistir. O bailarino Werison Santos foi um dos que prestigiaram a apresentação: “Me sinto orgulhoso da representação de forma tão irreverente, técnica e virtuosa do grupo, ainda não os conhecia. Foi uma ótima demonstração do que é o frevo, do clássico ao popular.’’

O Grupo Se7e é formado por sete artistas, sete vivências, sete frevos distintos, que dialogam entre si provocando um misto de sentimentos e questionamentos. “Nossa apresentação é visceral, tratamos o Se7e como uma direção exata. Todo bailarino almeja a perfeição, e aqui unimos sete mundos diferentes, sete formas de fazer frevo em um único espetáculo. Nos solos cada um mostra sua visão. Como já dizia Nascimento do Passo 'No frevo, não existe certo ou errado, existe sua individualidade na dança'”, explica o coreógrafo do grupo Bhruno Henryque.