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Esta sexta-feira (25) marca o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher. No Hospital da Mulher do Recife (HMR) Dra. Mercês Pontes Cunha, da Prefeitura do Recife, localizado no Curado, a data será lembrada com um evento de conscientização dos direitos das mulheres - como a Lei Maria da Penha-, e com a divulgação do Centro Sony Santos – de Atenção à Mulher Vítima de Violência, que funciona na unidade. “Atualmente o hospital, em todos os seus serviços, atende cerca de 700 mulheres por dia. A ideia é levar informação para a maior parte delas”, explica a diretora geral do HMR, Isabela Coutinho.

Serão realizadas mini palestras itinerantes, das 8h às 14h nas seis salas de espera do hospital. A ideia é que o público também seja agente multiplicador das informações em suas famílias e comunidades. Na ocasião, também será divulgado o funcionamento e a forma de acesso ao Centro Sony Santos.

“É um serviço que funciona 24 horas por dia, atendendo mulheres de todo o Estado, por livre demanda, e de uma forma integral. Então, quanto mais divulgarmos esse trabalho, mais mulheres poderão recorrer ao Centro”, afirma Filipe Bitu, superintendente do Hospital do Câncer Gestão, organização social que administra o HMR. Também como parte das atividades, será divulgado um balanço do funcionamento do serviço.

Integralidade – O Centro de Atenção à Mulher Vítima de Violência – Sony Santos – presta atendimento integral e de urgência nas especialidades de Ginecologia, Enfermagem, Psicologia e Assistência Social, além da realização de todos os exames necessários. E, na própria unidade, a vítima de violência tem à disposição o registro policial, se ela desejar; e a perícia do legista, caso necessário. Essa integração dos serviços, resultado de uma parceria entre a Prefeitura do Recife e o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Defesa Social, diferencia o Centro dos demais.

O fato de encontrar todo o atendimento necessário em um único local, evita que a mulher se desloque da unidade de saúde para uma delegacia e para o IML, diminuindo o desgaste decorrente dessa locomoção. Da forma tradicional, muitas mulheres acabam desistindo da denúncia, o que resulta na subnotificação dos casos e na impunidade do agressor, perpetuando a violência.

Estrutura – A estrutura física do Centro Sony Santos conta com dois consultórios, salas para atendimento psicológico, serviço social e sala de atividades, além de duas suítes para as pacientes, quarto de repouso para os profissionais, banheiros, posto de enfermagem e recepção. No setor atuam médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos, além de perito do IML e recepcionista.

Homenagem – O Centro de Atenção à Mulher Vítima de Violência recebe o nome de Sony Santos, numa homenagem a ela que era militante do movimento negro, pesquisadora e mestra em Vigilância em Saúde pela UPE. Coordenadora da Política da Saúde da População Negra do Recife, Sony Santos, faleceu em 12 de março de 2016.