Ações voltadas para a mulher marcaram o sábado (22), no Recife
47 mulheres fizeram exames preventivos na USF Santo Amaro I. Na Jaqueira, teve atividades físicas, vacinação, orientações bucal e apresentação teatral. (Foto: Inaldo Menezes/PCR)[/caption]
Duas ações, com apoio da Secretaria de Saúde do Recife, em comemoração pelo Dia da Mulher – celebrado no dia 8 de março – aconteceram no último sábado (22), em dois pontos da Cidade. Pela manhã, o evento foi voltado para a prevenção do câncer de colo de útero, na Unidade de Saúde da Família Santo Amaro I/Sítio do Céu, com realização de exames. À tarde, as mulheres se uniram no Parque da Jaqueira, na Zona Norte, para participar do Circuito Mulher e Saúde.
Em Santo Amaro, o atendimento começou às 8 da manhã. Até às 17h, foram atendidas 60 mulheres. Dessas, 47 pacientes fizeram o exame preventivo de câncer de colo de útero, com coleta de material citológico. A dona-de-casa Berenice dos Anjos, de 76 anos, foi uma das que não perdeu a oportunidade, mesmo sem gostar. “Vim porque a agente comunitária mandou eu vir. Faz dois anos que fiz o último”, contou Berenice.
Para a enfermeira da Unidade, Ivonete Lima (foto 4), na correria do dia a dia, muitas mulheres acabam deixando de lado os cuidados com a saúde. “Decidimos fazer no sábado justamente porque é o único dia em que elas não trabalham”, disse a profissional. “A gente reforça com elas também a importância de buscar o exame. E se a mulher chegar aqui e a gente perceber alguma alteração, menos grave, por exemplo, ela já sai com um medicamento”, completou.
Atendimento na Jaqueira - No Parque da Jaqueira, o Circuito Mulher e Saúde ofereceu exames de glicemia, aferição de pressão, exame da mama, orientações sobre saúde bucal, aula de yoga e vacinação contra o HPV. A iniciativa foi da vereadora Isabella de Roldão (PDT) e uniu as Secretarias de Saúde e da Mulher. As atividades começaram com uma apresentação da atriz Hilda Torres sobre parto humanizado, cujo tema foi “Venha com a sua força, que eu vou com a minha”, na qual representa a liberdade de escolha das mulheres.
Defensoras do parto humanizado participaram também de uma roda com parteiras, doulas (auxiliares de parteiras) e gestantes. Dona Maria dos Prazeres, de 76 anos, uma das parteiras mais antigas do Estado, fez questão de contribuir. “Defendo o parto natural porque a mulher foi feita para ter filho. É um ato normal, fisiológico. Obstetrícia significa observar e esperar”, afirmou Dona Prazeres, que já ajudou em quase seis mil partos, sem nenhuma morte.
Para a vereadora Isabella de Roldão, a ideia é que essas ações se espalhem. “Quando a gente dá oportunidade, as mulheres se aproximam. Nosso objetivo é trazer as discussões para os locais abertos, para que o nosso desejo, de divulgar a saúde, promoção e o direito da mulher, seja atendido”, declarou Isabella.