Secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Juventude e Políticas Sobre Drogas -SDSDHJPD

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Direitos Humanos | 24.04.18 - 19h30

Servidores da Prefeitura do Recife participam de aulão de Libras

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O objetivo da atividade foi disseminar a Língua Brasileira de Sinais e assegurar a comunicação com as pessoas surdas que buscam os serviços na PCR (Foto: Daniel Tavares/PCR)

 

Em comemoração ao Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais (Libras), celebrado nesta terça-feira (24), foi realizado um aulão de Libras direcionado aos servidores da Prefeitura do Recife, no mezanino do edifício-sede da gestão municipal. A atividade foi promovida pela Secretaria de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos do Recife, com o objetivo de disseminar a Língua Brasileira de Sinais e assegurar a comunicação com as pessoas surdas que buscam os serviços na PCR.

O aulão foi comandado por Mirela Cavalcante, que é surda e atua como conselheira do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência. Suas orientações em Libras foram repassadas para os participantes com a colaboração de Rafaela Nunes, intérprete de Libras da Gerência da Pessoa com Deficiência do Recife – área responsável pela atividade. Entre outras coisas, os servidores aprenderam a usar a Língua Brasileira de Sinais para situações do dia a dia, como “Bom dia”, “Tudo bem?”, “Para que setor você deseja ir”, “Pode me apresentar um documento de identificação?”, entre outras.

Mirela Cavalcante explicou que o sistema linguístico das comunidades de pessoas surdas do Brasil é uma forma de comunicação e expressão de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, reconhecida pela Lei Federal nº 10.436/2002. “Trata-se da segunda língua oficial do Brasil, com toda uma estrutura gramatical própria. Mas é importante lembrar que não é uma língua universal; cada país tem sua língua de sinais”, ressaltou Mirela.

A servidora Karynne Cavalcanti, que trabalha no Centro de Atendimento ao Contribuinte (CAC), fez questão de participar do aulão. “Muitas vezes vejo as pessoas utilizarem a Língua Brasileira de Sinais na rua e fico curiosa, querendo entender os gestos. Aqui no CAC existe essa necessidade de atender os surdos e acho que esse pequeno curso vai me ajudar na comunicação básica. Depois, pretende aprender mais”, frisou a profissional.

Já Edna Lieuthier, do setor de Protocolo Municipal, tem um pouco mais de experiência coom a Língua Brasileira de Sinais. “Em 2016, quando ainda trabalhava no atendimento direto ao público, fiz um curso de Libras que me ajudou bastante. Achei esse aulão de hoje muito interessante, embora no Protocolo a gente receba poucas pessoas com deficiência auditiva. Gosto muito de Libras, mas não é uma língua fácil e exige muita memorização dos vários tipos de sinais utilizados”, explicou.

O gerente da Pessoa com Deficiência do Recife, Paulo Fernando Silva, ressaltou a importância da iniciativa. “Trata-se de uma ação muito importante, pois visa facilitar o acesso das pessoas surdas aos diversos serviços oferecidos pelo município. Acredito que as explicações e as dicas repassadas nesse encontro serão de grande utilidade no dia a dia dos servidores que recebem os recifenses aqui no edifício-sede, todos os dias”, avaliou o gestor.