Nota de pesar – Socorro Raposo
O secretário de Cultura do Recife, Ricardo Mello, e o presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife, José Manoel Sobrinho, lamentam a morte da atriz Socorro Raposo, paraibana que o teatro naturalizou pernambucana.
Socorro foi uma grande defensora das artes cênicas no estado. Consagrou-se como a primeira atriz a encenar Nossa Senhora, em 1956, na primeira montagem do Auto da Compadecida, texto de Ariano Suassuna, que não demoraria a virar um clássico da literatura e dramaturgia brasileira. Embaixo dos palcos, a atriz também se dedicou ao fomento, fruição e conspiração cultural, fundando e mantendo por muitos anos o Espaço Inácia Raposo Meira, num casarão da Rua da Glória.
"Socorro Raposo foi uma unanimidade pela grandeza de seu coração. Mulher, militante do teatro e da odontologia, produtora cultural e atriz. Incansável em todos os papéis. Primeira intérprete de A Compadecida, fez do Auto a sua obra prima do coração. Nestes últimos 50 anos, esteve presente na história do teatro de Pernambuco. Levou nosso teatro, o do Nordeste, para todas as regiões do Brasil. Um símbolo para todas e todos da arte e da cultura. Uma mulher dedicada ao Recife, ela transbordava de amor por sua cidade. Obrigado, amada Socorro Raposo. Muito obrigado por tanto”, declarou José Manoel Sobrinho, celebrando a militância cênica e a magnitude da atriz e amiga.