Praça Dezessete é restaurada e entregue pela Prefeitura do Recife ao Tribunal de Justiça
A Praça Dezessete, marco histórico do centro do Recife - localizada no bairro de Santo Antônio, foi restaurada e entregue pela Prefeitura ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). Nesta segunda-feira (22), o prefeito João Campos e o presidente do TJPE, Ricardo Paes Barreto, descerraram a placa alusiva à entrega. Coube à LMA Empreendimentos executar os serviços de restauro como ação mitigadora de um empreendimento imobiliário e ao Tribunal de Justiça adotar a praça pelo período de 5 anos.
Os trabalhos feitos pela LMA incluíram a recuperação dos monumentos, postes e bancos; criação de faixas elevadas para pedestres; limpeza e recomposição dos pisos em pedra, reconstrução dos jardins laterais e a ampliação da praça, com recuperação do traçado de 1970.
“O local escolhido para ação mitigadora da empresa é um verdadeiro patrimônio da cidade, que fica situado ao lado do Fórum Thomaz de Aquino. Temos aqui um jardim de Burle Marx, também temos um monumento feito em homenagem a dois aviadores portugueses responsáveis por pilotar um hidroavião que fez a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, saindo de Portugal para o Brasil e pousando numa área muito próxima à praça. Além disso, dentro dos principais componentes desse restauro, a iluminação se destaca, já que foi bastante ampliada, o que dá maior segurança ao local”, ressaltou João Campos, aproveitando a oportunidade para agradecer ao TJPE pela parceria.
O valor da Praça Dezessete abrange histórias importantes não só para a memória do Recife e de Pernambuco, também valorizadas pelo TJPE. Ela margeia o Cais de Santa Rita, onde desembarcavam passageiros que chegavam ao Porto do Recife. Foi nele que, em 1859, desembarcou Dom Pedro II e a imperatriz Teresa Cristina. Dali eles seguiram até o então o recém-inaugurado Palácio do Governo. Esse trajeto ganhou o nome de Rua do Imperador que, em 1933, com a demolição do Colégio para comunicar a Rua do Imperador com a Avenida Nossa Senhora do Carmo, passou a dividir seu largo em duas partes.
Com a obra, foram restaurados o Monumento dos Aviadores e o Monumento da Liberdade (fonte), o monumento homenageia os povos nativos brasileiros, símbolo do Brasil. A praça passou por ampliação, com reconfiguração dos canteiros e criação de faixas elevadas para travessia de pedestres na Rua Imperador. Os jardins próximos à Igreja do Divino Espírito Santo foram recuperados, com execução de piso em ladrilho hidráulico antiderrapante, instalação de rampas nas duas laterais, manutenção das árvores, plantio de lírios e plantio de hera-roxa. Os pisos em pedra portuguesa e em pedra ardósia ganharam limpeza e recomposição.
“A praça, para quem se recorda há bem pouco tempo, talvez um ano, estava toda pichada. Foi recuperado todo o jardim, os bancos, tudo de qualidade, como é do padrão da Prefeitura. Quero agradecer ao prefeito que possibilitou a adoção desta praça por parte do Tribunal de Justiça e dizer a todos e a todas que hoje mesmo já me reuni com o pessoal da segurança, com a equipe de manutenção, para que a gente possa manter a população com acesso, mas com respeito. Iremos cuidar muito bem desse espaço”, destacou Ricardo Paes Barreto.
A outra escultura restaurada é o Monumento ao Aviador, doado pela Comunidade Portuguesa do Recife. Marca o pouso, em 1922, no Cais de Santa Rita, dos aviadores lusitanos Sacadura Cabral e Gago Coutinho, finalizando a primeira travessia mundial do Atlântico Sul em hidroavião. São muitas histórias da cidade contadas pela Praça Dezessete, por isso sua importância. Além disso, foi feito o restauro e reposicionamento dos bancos em madeira e ferro nos passeios. Os postes de ferro fundido também foram restaurados, com instalação de lâmpadas e postes em LED e refletores no piso. O traçado que a praça tinha no ano de 1970 foi recuperado.
Fotos: Edson Holanda/Prefeitura do Recife