Coreografia In Vitro prendeu a atenção do público no Festival Internacional de Dança
Espetáculo da companhia pernambucana Vias da Dança faz crítica sobre o desejo de perfeição do corpo e da comercialização das cirurgias plásticas
[caption id="attachment_27560" align="alignleft" width="334"]![danca_festival 1](/wp-content/uploads/danca_festival-11-334x264.jpg)
A banalização e mercantilização da busca pela beleza foi o mote que inspirou a criação do espetáculo In Vitro, apresentado na noite desta terça-feira (23), no Teatro Apolo, dentro da programação do XVII Festival Internacional de Dança do Recife. A companhia Vias da Dança levou o público para além da satisfação de assistir a um espetáculo de dança colocando em cena fragmentos de ideias para uma reflexão.
Com sete bailarinos no elenco, a coreografia de Ivaldo Mendonça une movimentos viscerais que remetem à insatisfação com o corpo e o desejo de mudar, tão comum nos dias atuais. A trilha sonora enfatiza o tema com repetições da famosa frase de Vinicius de Moraes “As feias que me perdoem, mas beleza é fundamental”. Em outros momentos, o som de caixa registradora e gemidos humanos aumentam a tensão da mensagem.
O figurino bege composto por roupas íntimas modeladoras, usadas comumente em períodos pós-cirúrgicos, complementam a ideia junto ao vendedor de próteses e beleza que surge atrás da plateia, no meio do espetáculo. “Parabenizo o grupo pela performance. A sensibilidade de tocar o público com a dança levando uma mensagem é algo que eu admiro muito. Adorei o espetáculo”, elogiou o professor, Cláudio Roberto Santos.
O FIDR continua até o dia 27 de outubro, oferecendo espetáculos a preços populares – R$ 5,00, workshops gratuitos e intervenções urbanas em diversos pontos da cidade. A programação completa está no site do festival.