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Educação | 24.11.17 - 18h02

Aluno da Escola Rodolfo Aureliano conquista medalha inédita na 13ª Olimpíada Brasileira de Matemática

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(Foto: Daniel Tavares/PCR)

 

 

Lucas da Silva Medeiros, de 13 anos, aluno do 7º ano do ensino fundamental da Escola Municipal Rodolfo Aureliano, do bairro da Várzea, acaba de conquistar a medalha de prata na 13ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas – OBMEP. Esta é a primeira vez que um estudante da Rede Municipal do Recife consegue a prata na competição, que foi criada em 2005 pelo Governo Federal como forma de estimular o estudo da matemática entre alunos e professores dos ensinos fundamental e médio em todo País. No total, o prêmio contempla cerca de seis mil alunos no país, num montante de 18 milhões de estudantes de 53 mil escolas em todo o Brasil.

A Escola Rodolfo Aureliano ainda conquistou a medalha de bronze com a estudante Maria Eduarda da Silva Seabra, de 12 anos, também do 7º ano, e teve a professora de matemática Juliana Borges como uma das docentes premiadas. No ano passado, a rede municipal do Recife havia conquistado seu primeiro bronze na OBMEP com o aluno Tehilson José da Rocha, da Escola Arraial Novo do Bom Jesus, nos Torrões.

Este ano, as medalhas de prata e bronze da Escola Rodolfo Aureliano foram acompanhadas por 18 certificados de menções honrosas conquistados por alunos de outras escolas municipais, sendo sete da Escola Pedro Augusto (Soledade), três da Luiz Vaz de Camões (Ipsep) e dois da Divino Espírito Santo (Várzea). Completando a lista, com um aluno premiado cada, tivemos as escolas Arraial Novo do Bom Jesus (Torrões), Oswaldo Lima Filho (Pina), Dom Bosco (Jardim São Paulo), Padre Antonio Henrique (Derby), Vila Sezamo (Alto do Mandu) e Florestan Fernandes  (Ibura).

As duas medalhas conquistadas pela Escola Rodolfo Aureliano foram bastante comemoradas pela unidade de ensino. Principal premiado, Lucas Medeiros recebeu a notícia ontem (23), dia de seu aniversário. “Foi uma surpresa muito grande e um presente de aniversário especial”, disse. O estudante contou que gosta muito de estudar matemática, principalmente pelas infinitas formas de cálculo, jogos e desenhos geométricos que a matéria possibilita.

Dona do bronze, Maria Eduarda também estava muito feliz. “Sempre gostei muito de mexer com números, fazer contas, ajudar meus pais nos cálculos domésticos e, principalmente, estudar matemática aqui na escola”, revelou a menina, com um grande sorriso. Pela conquista, os dois ganharam bolsa de estudo do Programa de Iniciação Científica do Departamento de Matemática da UFRPE. O curso especial de matemática será ministrado entre março e dezembro de 2018.

"O sucesso da nossa escola, que no ano passado já havia conquistado duas menções honrosas, é resultado de um trabalho motivador que começa na sala de aula e prossegue aos sábados nas aulas extras do Programa OBMEP na Escola desenvolvido em parceria com o Departamento de Matemática da UFRPE”, explicou a professora premiada, Juliana Borges.

O também professor da unidade de ensino, Jonas Cruz, responsável pelo programa, diz que as aulas aos sábados, das 8h às 12h, envolvem até 30 estudantes. “É uma espécie de cursinho preparatório para as olimpíadas. Ele foi iniciado o ano passado e os resultados obtidos já são um bom indicativo de que estamos no caminho certo”, opinou, lembrando que as duas medalhas irão motivar ainda mais todos os alunos da escola para o estudo da matemática.

OBMEP - Destinada a estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio, a OBMEP contribui para estimular o estudo da Matemática no Brasil, identificar jovens talentosos – incentivando seu ingresso nas áreas científicas e tecnológicas – e promover a inclusão social pela difusão do conhecimento. A OBMEP manteve o número de medalhas a alunos de escolas públicas das edições anteriores: 500 medalhas de ouro, 1.500 de prata e 4.506 de bronze – em decorrência de empate – e 38,6 mil menções honrosas.