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Cultura | 25.02.14 - 11h49

MAMAM inaugura exposições nesta quarta-feira (26)

O Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam) recebe duas novas exposições a partir desta quarta-feira, 26 de fevereiro. Uma delas é O guardião de coisas inúteis, com curadoria de Felipe Scovino, que traz coleções de objetos de Marcelo Silveira. As peças ganham um significado poético através do olhar do artista. Já a Entretanto, com curadoria de Gentil Porto Filho, faz parte do projeto que expõe o acervo do Mamam através de diferentes recortes e reflexões.

A exposição O guardião de coisas inúteis vai até 6 de abril e apresenta cinco séries de objetos do artista Marcelo Silveira. A Só resta o cheiro (2006), é uma coleção de frascos vazios de perfume, mesclando os mais baratos e os mais requintados, sem hierarquia. Em O Censor (2013-2014), o artista utiliza um filtro vermelho sobre pôsteres de cinema que foram julgados pela censura durante a ditadura brasileira, expondo o selo dos censores e a razão pela qual o filme foi proibido.

Também inserida em O guardião de coisas inúteis, a série Catecismo (2013), em que Silveira amplia um livro cujo conteúdo é o que dá título ao trabalho, porém, sem palavras, apenas minúcias de estruturas, instaurando a dúvida. Em A grande tela (2013-2014), há a aglomeração de fios de linho que remontam simbolicamente a tela. Sintetizando a exposição, a Empilhamento I (2014) exibe materiais que um dia já fizeram parte da estrutura do museu ou de alguma exposição que Silveira apresentou.

Ocupando o térreo do museu, a exposição Entretanto é coletiva e traz itens que já foram expostos no Mamam. O curador Gentil Porto Filho não selecionou temas, técnicas ou estilos, e sim, definiu um recorte de tempo, apresentando o material adquirido pelo museu no ano de 2001. Desse modo, as obras ressurgem, dando continuidade às suas trajetórias ao mesmo tempo em que ganham novos significados. A mostra é de longa temporada e segue até o mês de setembro.