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[caption id="attachment_15407" align="alignleft" width="334" caption="Corredores profissionais e amadores atravessaram as pontes do Recife. Foto: Inaldo Menezes"][/caption]

Mais de sete mil pessoas se reuniram no Marco Zero, na manhã ensolarada deste domingo (25), para a nona edição da Corrida das Pontes do Recife, maior evento de pedestrianismo de rua do Norte e Nordeste. Tendo como cenário a bela arquitetura do Bairro do Recife, corredores profissionais e amadores atravessaram as pontes históricas da capital pernambucana promovendo além da competição, esporte e saúde. Como o mundo já vem se acostumando, a vitória ficou mesmo com os quenianos. No masculino, Stanley Kipcircmir Koecm deixou a concorrência para trás e, no feminino, Selly Jepkemboi Korir foi quem levou o ouro.

Entre os milhares de participantes – 5,5 mil inscritos, divididos em categorias e modalidades, e mais de mil não inscritos – a maioria estava ali pelo simples prazer da prática esportiva como um culto ao lazer e a vida. O sociólogo, Almir Ferreira, não parecia se importar muito com o cronômetro. “Estar aqui num dia tão agradável, em comunhão com as pessoas, liberando endorfina e se exercitando é o que realmente importa para mim”, destacou enquanto se aquecia.

Às 7h, o evento esportivo deu inicio com a corrida infantil de 2,1 km. Crianças e adolescentes de 10 a 17 anos deram uma pequena mostra do futuro do atletismo pernambucano. Além da prova infantil, houve uma prova de 10 km para deficientes físicos e um prova mais curta de 5,6 km. Para o secretário de Políticas para a Juventude e diretor-presidente do Geraldão, Eduardo Granja, a Corrida das Pontes é um sucesso que segue a vocação democrática da gestão municipal. “A cada ano o evento tem atraído mais gente e aperfeiçoado sua organização. Este ano as inscrições se esgotaram com três dias de antecedência. Além deles, temos ainda mais de mil pessoas que participam da prova sem fazer inscrição e a organização oferece os mesmos suprimentos de água e isotônico sem fazer distinção. Outro fator importante desta edição foi associar a corrida ao aniversário da cidade, isso fez com que a população se interesse mais em estar aqui hoje”, ressaltou o gestor.

No momento mais esperado do dia, a largada da prova principal, já se podia notar que a vida dos brasileiros não seria fácil. Não deu outra, Stanley Kipcircmir Koecm, no masculino, com um tempo de 30 minutos e nove segundos’ e Selly Jepkemboi Korir, no feminino, 36 minutos, dispararam na frente desde o inicio e confirmaram o favoritismo dos quenianos. Bastante discreto após a corrida, o vencedor da prova atribuiu a maior dificuldade à umidade relativa do ar. “Obviamente que o calor não é uma barreira, pois de onde vimos a temperatura é tão quente quanto, o pior foi o ar abafado. Minha sorte foi que semana passada corri uma prova em Sergipe para me adaptar as condições daqui”, destacou o atleta. O brasileiro mais bem colocado no masculino foi José Márcio Leão da Silva, segundo lugar, com 30 minutos e 38 segundos e no feminino Mirela Saturino de Andrade, 37 minutos e 22 segundos, também medalha de prata. “Quero me dedicar ao atletismo, continuar treinando forte e participar das Olimpíadas de 2016 aqui no Brasil”, afirmou Saturino feliz pela conquista.