Orquestra Sinfônica do Recife estreia temporada 2018
Primeiro concerto do ano, realizado na noite deste sábado (24), no Teatro de Santa Isabel, teve casa cheia
Foi realizado na noite de ontem, para um Teatro de Santa Isabel lotado, o concerto de estreia da temporada 2018 da Orquestra Sinfônica do Recife. A apresentação gratuita, oferecida pela Prefeitura do Recife, por meio da Fundação de Cultura Cidade do Recife, deveria ter acontecido na última quarta-feira, mas teve que ser adiada, em função do apagão que atingiu grande parte do país.
Numa performance inspirada, a orquestra abriu a noite tocando Mourão, hino do Movimento Armorial, escrito pelo compositor, arranjador e estudioso da música brasileira Cesar Guerra-Peixe, que devotou boa parte de sua produção, estudos e esforços à música popular nordestina, sobretudo ao Maracatu e ao Frevo. Na sequência, foi executada a potente Sinfonia nº 8, do compositor checo da Era Romântica Antonín Dvorák.
Pela primeira vez na plateia da Orquestra Sinfônica do Recife, Risicleide Machado fez questão de levar os três filhos: Aquiles, 8 anos, Ulisses e Artur, ambos com 11. “Música clássica é sempre bom, em qualquer idade. Foi a primeira vez dos meninos num concerto e no Teatro de Santa Isabel também”, disse a mãe.
Já o casal Zoraide, 66 anos, e Adilson Simões, 67 anos, é assíduo nas apresentações da orquestra. “A gente vem sempre que pode, para ouvir boa música e relaxar”, disse Zoraide. “Sempre juntos, na alegria e nos concertos”, brincou Adilson.
Animação maior que a de Dona Tereza Santos, no entanto, não havia naquela plateia. “Adoro música, teatro. Arte é meu negócio”, disse a aposentada, que, aos 82 anos, é cantora e trabalha como voluntária num hospital. E ainda encontra tempo e energia para ser frequentadora assídua dos concertos da Orquestra. “Venho sozinha, de ônibus, mas não perco. Sempre conheço gente nova, vale a pena demais. Me alimento de cultura”, declarou-se.
Na patota que Tereza fez na noite de ontem, no Santa Isabel, havia outra entusiasta praticante dos concertos gratuitos. “Adoro dançar e ouvir música. Esses concertos são lindos. Semana que vem, não perco a apresentação da Banda por nada”, disse, animadíssima, Ivene Alves, 69 “bem vividos” anos.