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| 25.04.13 - 17h25

Dia Nacional de Combate à Hipertensão terá ações preventivas em Boa Viagem

Divulgação junto à população e capacitação de profissionais mostram esforço para enfrentar doença que atinge cada vez mais pessoas em nosso país

Amanhã, 26 de abril,  será o Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial, e uma série de atividades estão sendo programadas para divulgar formas de tratar e prevenir aquela que é conhecida como “doença silenciosa” e que, apesar dos esforços das autoridades de saúde, tem aumentado a incidência no Brasil. Neste ano, a campanha nacional tem como tema “Eu sou 12 por 8”, fazendo referência ao que seria o nível ideal de pressão arterial.

Integrando-se às ações que estão sendo realizadas em todo o país, o Departamento de Hipertensão da Sociedade Pernambucana de Cardiologia, em conjunto com a Secretaria de Saúde da Prefeitura da Cidade de Recife e Centro Médico Senador José Ermirio de Moraes, estarão promovendo a seguinte programação, das 6h30 às 8h30, no Segundo Jardim da Avenida Boa Viagem:

  • Concentração para atividades físicas com a equipe da Academia da Cidade (aulão de Ginástica e Alongamento);
  • Oficina de aferição da pressão arterial e glicerina capilar;
  • Aferição de pressão arterial em crianças;
  • Distribuição de material educativo.


Às 9h30, no auditório do Centro Médico Ermírio de Moraes, no bairro de Casa Forte, haverá uma oficina de reciclagem em Hipertensão Arterial para os profissionais das Unidades Básicas de Saúde e Programa de Saúde da Família da Secretaria de Saúde da Prefeitura da Cidade de Recife, a ser ministrada por Dr. Silvio Paffer, coordenador do Departamento da Sociedade Brasileira de Cardiologia/Regional Pernambuco e Diretor Clínico do Centro Municipal de Hipertensão, Oftalmologia e Diabetes Senador José Ermirio de Morais.

Dados sobre a doença

A hipertensão arterial caracteriza-se pela elevação persistente dos níveis pressóricos, sendo o valor considerado normal da pressão como sendo abaixo de 140x90 (ou 14 por 9, como é popularmente conhecido). Como consequência de uma pressão arterial não controlada, vão ocorrendo lesões nos chamados "órgãos-alvo", como o cérebro, coração, rins, retina e vasos sanguíneos, levando a doenças como o derrame e o infarto do miocárdio. Assim, pode-se dizer que a hipertensão é, ao mesmo tempo, uma doença em si mesma e, também, fator de risco para outros males.

Um dos grandes problemas da hipertensão é que os pacientes que sofrem desta doença normalmente são assintomáticos, ou seja, não sentem absolutamente nada – daí a mesma também ser conhecida como a "assassina silenciosa". Não é incomum os pacientes descobrirem a patologia justamente quando já sofreram um derrame ou um infarto.

Estima-se que no Brasil existam mais de 30 milhões de hipertensos, o que torna a doença um problema de saúde pública, principalmente porque a nossa população encontra-se com uma perspectiva de vida em ascensão, e a hipertensão torna-se mais frequente com o avançar da idade (com estimativas de estar presente em 50% das pessoas acima dos 60 anos, e cerca de 75% entre aquelas com mais de 70 anos).  Porém, é importante ter em mente que a hipertensão pode acontecer em qualquer faixa etária, inclusive em crianças, e que quanto maior o tempo de exposição à doença, na chamada "vida hipertensa", maiores as chances de complicações.

A maior dificuldade no controle da hipertensão arterial é a baixa adesão por parte dos pacientes ao tratamento, uma vez que é uma doença crônica, sem cura, que requer tratamento para o resto da vida, mas que não produz sintomas na grande maioria dos pacientes. É bastante comum o abandono do tratamento pelo fato de o paciente achar-se curado, já que “não está sentindo nada”. Entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento da hipertensão, destacam-se a idade avançada, predisposição genética (parentes de primeiro grau hipertensos; e pertencer a determinados grupos, como no caso de indivíduos afrodescendentes), sobrepeso/obesidade, sedentarismo, e consumo excessivo de sal e álcool.