Creche-escola Albérico Dornelas celebra o Dia da Família
A Creche-escola Albérico Dornelas Câmara, que funciona no edifício-sede da Prefeitura do Recife, fez uma festa, na tarde desta quarta-feira (25), para celebrar o Dia da Família. Pela primeira vez, os profissionais da unidade de ensino optaram por ampliar o Dia das Mães, de forma a contemplar os alunos que têm em casa novas configurações de família. A comemoração aconteceu no auditório da PCR, no 15º andar do edifício-sede.
"Na nossa unidade temos alunos criados pela tia, pela avó, pelo pai; outra tem duas mães. Estendemos a comemoração a toda a família para que todas as crianças da creche pudessem ser contempladas com suas mães, pais, avós e tias e etc", explicou a gestora da creche-escola, Ana Cláudia Fialho. Ela propôs a iniciativa e fez uma votação entre as professoras antes de mudar o formato da festa.
A ideia foi aprovada por muitos familiares dos alunos. A educadora social Renata Barbosa, 31 anos, mãe de Luiz Gustavo, 4, aluno do grupo 4, foi para a comemoração junto com o ex-marido e a madrinha do filho. "Achei a proposta da festa super acolhedora e inclusiva porque abre espaço para a pluralidade das famílias. As famílias se reinventaram nesses últimos anos e a escola também precisa se reinventar. A minha família mesmo é redesenhada. Eu e meu primeiro marido nos separamos e casamos novamente, então meu filho convive com duas mães e dois pais. Só não vieram todos hoje porque não puderam sair do trabalho, mas, se não fosse isso, estaríamos todos aqui festejando. Esse formato de festa da família é o melhor", defendeu a mãe.
A coordenadora da Albérico Dornelas, Kelma Mulatinho, disse que o assunto família foi bastante estudado em sala de aula. "Sempre trabalhamos isso com os estudantes, principalmente perto do Dia das Mães e dos Pais. Ensinamos a eles que família não é só pai, mãe e filhos, pois sabemos que hoje existem várias configurações de família. O que importa é o amor, o carinho, o companheirismo", explicou a docente.
Uma das atividades feitas durante as aulas foi o desenho da família. "Achei muito bonito quando vi que um dos meninos incluiu a faxineira no desenho e disse que ela também era da família. Outra menina desenhou duas mães - uma que ela chama de mãe e outra que ela chama de tia. Nessa faixa etária, as crianças veem as coisas com muita naturalidade. Os adultos é que veem as coisas com preconceito", disse a coordenadora.
A programação da tarde incluiu apresentações dos alunos de pedagogia da Faculdade Metropolitana, que encenaram a história do livro "Até as princesas solta pum" e ainda se vestiram de Pepa. Houve também apresentação de cinco meninas do Centro de Ensino Especializado de Prazeres (Cenespra), que atende pessoas com deficiência em Jaboatão. As garotas se fantasiaram da boneca Emília para dançar e cantar com os pequenos. "O que eu mais gostei foi a dança das Emílias. E gostei da festa da família porque eu pude chamar todo mundo da minha casa", disse Ana Lívia Medeiros, 5, aluna do grupo 5.