Saúde do Recife comemora aniversário do Centro Médico Ermírio de Moraes
Durante o evento será apresentado o novo Fluxo Assistencial em Cardiologia no Município
Por Tádzio Estevam
O Centro Médico Ermírio de Moraes (CMEM), referência no tratamento em hipertensão, diabetes e oftalmologia no Recife, está de parabéns. Na próxima quinta-feira (27) serão 14 anos de prestação de serviços de saúde aos usuários do SUS no Município. Para comemorar a data, além da confraternização, haverá a apresentação do Fluxo Assistencial de Cardiologia na Rede Municipal de Saúde. O evento terá início às 19h e acontecerá no próprio centro, localizado na Avenida 17 de Agosto, s/n, Casa Forte.
Na prática, esta nova metodologia tem como objetivo descentralizar o serviço que atualmente é realizado no próprio Ermírio de Moraes e dar mais celeridade aos atendimentos aos usuários do SUS no Recife acometidos pela hipertensão. Isto quer dizer que hipertensos controlados com o uso de apenas uma medicação deverão ser acompanhados na rede de Atenção Básica (Unidades de Saúde da Família ou em Unidades Básicas Tradicionais), fazendo com que o CEME atenda apenas aos pacientes de maior complexidade com risco cardiovascular alto ou muito alto, hipertensos em estágio II ou III, ou seja, que fazem uso de mais de uma medicação, e pacientes com outras comorbidades.
Com a nova proposta, o serviço passa a acolher pacientes de acordo com o perfil estabelecido para o centro, instituindo o acolhimento com equipe multiprofissional, para escuta qualificada dos usuários e direcionamento conforme suas necessidades e características aos equipamentos do território.
O protocolo está dividido em quatro níveis de atenção, sendo Atenção Básica (para tratar hipertensos estágio I monoterápico e hipertensos no estágio II controlado); Policlínicas (hipertensos de alto e muito alto risco, hipertensos estágio II e III, arritmias, valvopatias, cardiopatias, doenças de chagas, avaliação cardiológica de rotina - parecer cardiológico); Centro Médico Ermírio de Moraes (hipertensos de alto e muito alto risco cardiovascular, hipertensos no estágio tipo II e III; hipertensos no estágio I e diabetes mellitus); e Rede terciária/convênio com o Hospital Agamenon Magalhães (cardiopatias de alto e muito alto risco, pós-infarto, revascularizados indicações de CRMV (Cirurgia de Revascularização Miocárdio Vascular); arritmias complexas; e valvopatias graves).
Centro - Inaugurado em 1998 o centro é referência da Prefeitura do Recife no tratamento da hipertensão, oftalmologia, diabetes e cardiologia. Já possui mais de 160 mil pacientes cadastrados ao longo de seus 14 anos de existência, prestando atendimento à população recifense na parte ambulatorial (consultas e exames) e cirúrgica na área de oftalmologia e suas subespecialidades (oftalmologia geral, estrabismo, retinopatias, glaucoma, doenças da córnea, aplicação de laser). Na área de hipertensão, a unidade oferece consultas ambulatoriais e realiza exames cardiológicos (eletrocardiograma, ecodopplercardiograma bidimensional colorido e testes ergométricos), além de consultas na especialidade de diabetes.
Conta ainda com equipe multiprofissional, composta por enfermeiros e técnicos de enfermagem, nutricionistas, farmacêuticos, assistentes sociais, psicólogos, odontólogos, educadores físicos e fisioterapeuta. No local ainda existe um polo da Academia da Cidade voltado à população hipertensa e diabética, denominado Projeto Bom Dia, onde diariamente são realizadas atividades físicas e educadoras com esta população específica.
Banco de Olhos do Recife (BORE) - Atualmente, Pernambuco conta com dois bancos de olhos. O Banco de Olhos do Recife (BORE) é o único que funciona na Região Metropolitana e funciona no Centro Médico Ermírio de Moraes. O outro funciona na cidade de Petrolina.
Inaugurado em 2002, o BORE conta atualmente com dois médicos especialistas em córnea, duas enfermeiras (uma delas habilitada pela Associação Panamericana de Banco de Olhos), duas secretárias e oito técnicas de enfermagem, que atuam em regime de plantão 24h por dia. A logística de locomoção e captação conta com o apoio de um carro com motorista que fica lotado no SAMU à disposição para qualquer chamado em toda RMR. O banco atua na captação, preservação, avaliação do tecido e posterior liberação para a Central de Transplantes. Cabe à Central de Transplantes fazer a liberação aos centros transplantadores.
Conforme informações da Central de Transplantes, a fila de espera conta com 1.299 pessoas, que esperam em torno de um ano para receber uma córnea. O Recife está na 7º posição do Ranking Nacional de Transplantes de Córneas. A média de captações em 2011 foi de 35/mês, número que vem aumentando com apoio da Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos dos hospitais de médio e grande porte. Para acionar o banco de olhos basta ligar para a Central de Transplantes (0800.281.2185) ou pelo celular do banco 9488.6376.