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Educação | 25.11.16 - 11h22

Professores apresentam resultados de projeto que inclui alunos com deficiência nas atividades esportivas das escolas

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"Portas abertas para a inclusão" tem o objetivo de incluir os estudantes com deficiência nas atividades esportivas realizadas nas unidades de ensino (Foto: Cortesia)

 

Representantes de sete unidades de ensino da rede municipal do Recife apresentaram, nesta quinta-feira (24), os resultados do projeto "Portas abertas para a inclusão", que tem o objetivo de incluir os estudantes com deficiência nas atividades esportivas realizadas nas escolas dos Anos Finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º). A atividade aconteceu na Escola de Formação de Educadores Paulo Freire, na Madalena, com participação de técnicos da Prefeitura do Recife e do Instituto Rodrigo Mendes, parceiro da Secretaria Municipal de Educação na implantação do projeto, há quase quatro anos.

Este ano, 12 escolas se envolveram na iniciativa, envolvendo 37 professores. "Batemos o recorde de participação desde 2013,  quando o projeto começou. A inclusão é um desafio muito grande, que nem sempre é bem aceito pelas pessoas. Mesmo com as dificuldades, a cada ano aumenta o número de estudantes com deficiência nas nossas escolas. As conquistas começam com o primeiro passo", afirma a gerente-geral de Educação Integral e Anos Finais da Secretaria de Educação do Recife, Gilvany Pilé.

Na Creche-escola Municipal Ana Rosa Falcão, de Santo Amaro, o projeto desenvolvido pelas professoras Marily Correia, Anna Guimarães e Maria Luiza Melo buscou trabalhar o processo de inclusão por meio do esporte em todas as salas de aula da unidade de ensino, além de envolver as famílias dos alunos. "Fizemos um circuito olímpico adaptado para os estudantes com deficiência e levamos uma tocha olímpica oficial para que os estudantes tivessem acesso a ela, o que os deixou maravilhados", contam as profissionais. 

Representantes da Escola Municipal Antônio Heráclio, de Água Fria, apresentaram o projeto "Oficina de Capoeira", em que aproveitaram o talento do aluno cadeirante Fernando de Mello, 16 anos, para conscientizar a comunidade escolar sobre a importância da inclusão. "Ele já praticava capoeira fora da escola. Fizemos uma oficina com a participação dele, o que gerou grande interesse entre os estudantes. A partir do momento em que assumiu o papel de protagonista, Fernando melhorou sua frequência escolar e autoestima", aponta o professor Orlando Pacheco. Para o próximo ano, a ideia é envolver mais alunos com deficiência, bem como suas famílias.

O projeto da Escola Municipal José da Costa Porto, situada na Ilha Joana Bezerra, teve o tema "Gestão Escolar: um desafio diante da educação inclusiva". As ações incluíram simulações de deficiência com vendas nos olhos dos alunos, jogos inclusivos com participação de atletas do Geraldão e atividades de quebra-cabeça com restrição de linguagem. "Fizemos também análises de textos que retratavam situações de preconceito", acrescenta o professor João Ferreira. A unidade tem 846 estudantes, sendo 22 com deficiência.

O coordenador de Formação do Instituto Rodrigo Mendes, Luiz Conceição, explica que, até poucos anos atrás, era comum os profissionais excluírem o aluno com deficiência das atividades de educação física. "Nosso curso dura seis meses e tem o objetivo de preparar o professor para mudar essa realidade. Neste ano, o projeto Portas Abertas chegou a 16 cidades, formando 570 educadores e beneficiando mais de 40 mil estudantes", detalha. O lema da ONG é "Toda pessoa com deficiência tem o direito de estudar em uma escola comum".