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Cultura | 25.11.17 - 13h09

Final de semana com diversão garantida para crianças e adultos nos teatros da cidade

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Hoje (25) e domingo (26) são os últimos dias do 19º Festival Recife do Teatro Nacional, promovido pela Prefeitura do Recife, com espetáculos para todas as idades em diferentes teatros da cidade (Foto: Carol Veras/Divulgação)

 

Com uma programação bem diversificada para todas as idades a preços populares, o final de semana será de muita diversão nos principais teatros da cidade. Os recifenses poderão conferir espetáculos locais e nacionais no 19º Festival Recife Nacional, realizado pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife.

Hoje (25), no Teatro Barreto Júnior, a programação começa cedo, às 16h30, com o espetáculo Ogroleto, do grupo cearense Pavilhão Magnólia. Inédito no Nordeste, o espetáculo infantil da autora canadense Suzane Lebeau trata de medos, dúvidas e diferenças. Os adultos também têm programação garantida para o sábado à noite. Às 19h, o espetáculo Mucurana, o Peixe, do Coletivo Construtores de História, será apresentado no Teatro Hermilo Borba Filho. O texto, adaptado da obra do dramaturgo que leva o nome do teatro, é composto por trechos narrados e outros dramatizados, mostrando a opressão social e monetária. Às 20h, no Teatro Luiz Mendonça, será a vez do Grupo Magiluth encenar o espetáculo Dinamarca. A partir de Hamlet, de Shakespeare, os artistas sobem ao palco para falar sobre os dias atuais em um ambiente festivo que evidencia contradições sociais.

No domingo (26), último dia de festival, toda a programação será oferecida com montagens inéditas e de fora do estado. Às 16h, o Teatro Apolo recebe o Grupo Bricoleiros, do Ceará, com o espetáculo Criaturas de Papel, que usa o encanto do teatro de marionetes para falar de encontros e partidas. Encerrando a programação, o ator paulista Fause Haten apresentará o musical Lili Marlene, no Teatro de Santa Isabel. Todos os ingressos serão vendidos a preços populares (R$ 10 e R$ 5), em cada um dos teatros onde os espetáculos serão apresentados.

Quinto dia: Ontem (24), a programação começou logo cedo no Compaz Ariano Suassuna. O espetáculo O Peru do Cão Coxo, do Galpão das Artes de Limoeiro (PE), contou a história de um poeta e sua esposa que foram alvo de uma dupla de trapaceiros.

Já no Teatro Apolo, o espetáculo Histórias Bordadas em Mim, da pernambucana Agrinez Melo emocionou o público. Em seu primeiro trabalho solo, a premiada artista compartilha fatos da própria vida com a plateia. Na encenação, música e poesia ajudam a atriz narrar situações reais, prendendo a atenção da plateia com histórias da infância mescladas com momentos atuais, amores, dores e conquistas. A peça resgata a fé no amor e trata de dor, morte, saudade e vida.

A Igreja de Santa Teresa D´Ávila, que fica ao lado da Basílica do Carmo, também foi transformada em palco para receber o espetáculo Suplício de Frei Caneca, de Cláudio Aguiar. Com encenação de José Francisco Filho, a peça celebra os 200 anos da Revolução de 1817 e narra a vida do frei carmelita, ícone da Revolução de 1817 e da Confederação do Equador de 1824.


A veterinária Marina Cavalcanti, 26 anos, foi ontem pela primeira vez ao festival. “Vi na internet a programação e me organizei para assistir. Durante todo o festival, grandes espetáculos estão acontecendo no Recife. Outro ponto muito positivo é o preço acessível dos ingressos”, disse.

O estudante César Lima, 35 anos, viu o festival como uma oportunidade para voltar ao teatro. “Há muitos anos não assistia nenhum espetáculo. Com essa programação diversificada e em vários teatros, ficou mais fácil levar a cultura para o maior número de pessoas. Sem falar no preço popular”, frisou César.

A atriz Cândida Souza, 70 anos, veio de Ilhéus (BA) e aproveitou sua participação no festival para prestigiar um espetáculo pernambucano. “Achei a peça maravilhosa. Mesmo cansada, decidi aprender, conhecer e valorizar o trabalho do próximo. Quem faz teatro também gosta de assistir.”

A jovem Yasmim Regina, 17 anos, foi acompanhada da avó. “Eu amo teatro e meu sonho é ser atriz. Estava curiosa para assistir ao espetáculo de Agrinez e também para conhecer o Teatro Apolo.”

Confira a programação completa do festival:

PROGRAMAÇÃO 19º FESTIVAL RECIFE DO TEATRO NACIONAL

- Dia 25

Ogroleto – Do Grupo Pavilhão Magnólia (CE), às 16h30, no Teatro Barreto Júnior

A peça da autora canadense Suzane Lebeau, até então inédita no Nordeste brasileiro, trata de temas muito presentes na infância contemporânea, como: medos, dúvidas e diferenças. Indicado para crianças a partir de 7anos

 

Mucurana, o Peixe – Do Coletivo Construtores de Histórias (PE), às 19h, no Teatro Hermilo Borba Filho

Para além da vida do protagonista Mucurana, o espetáculo revela a existência de um sistema político e suas consequências boas e más, que interferem na vida de cada um de nós. Apresenta um retrato da ainda hoje atuante da família oligárquica, cheia de privilégios e soberba, que explora a terra e a força de trabalho e ainda se locupleta das oportunidades do estado. Indicado para maiores de 14 anos

 

Dinamarca – Do Grupo Magiluth (PE), às 20h, no Teatro Luiz Mendonça

O espetáculo fala sobre coisas simples como um beijo que devora, uma morte, um golpe de sorte. Coisas que acontecem o tempo todo na vida. Indicado para maiores de 16 anos

 

- Dia 26

Criaturas de Papel – Do Grupo Bricoleiros (CE), às 16h, no Teatro Apolo

O espetáculo fala de encontros e partidas e de habitar um espaço enquanto força fundamental do pulso de existir e vínculos constitutivos do percurso de viver. Papéis brancos ganham formas geométricas e são transmutados em figuras cênicas que ganham vida. Indicado para crianças a partir de 10 anos

 

Lili Marlene, Um Musical – De Fause Haten (SP), às 20h, no Teatro de Santa Isabel

O espetáculo é um musical pop punk. O Lili, como gostava de ser chamado, é o neto de Marlene, uma atriz hollywoodiana dos anos 30. Rejeitado pelo pai na infância, foge de sua casa em Berlim e depois de alguns anos começa a fazer sucesso em Paris, dublando sua avó, sem que ninguém soubesse do seu parentesco. Aos 30 se tornou sacerdote de uma religião quando morava nos Estados Unidos. Anos mais tarde, já afastado da igreja, ele faz um relato de sua saga. Indicado para maiores de 14 anos