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Cultura | 25.11.18 - 19h37

Último dia do 20º Festival Recife do Teatro Nacional

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Programação da Prefeitura do Recife encerra hoje (25), com apresentação de três espetáculos. Ao todo, foram 12 peças, entre nacionais e locais, produções inéditas e reapresentações (Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR)

 

Acaba hoje (25), a 20ª edição do Festival Recife do Teatro Nacional, realizado pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife. No derradeiro dia da programação, iniciada no último domingo (18), serão apresentados três espetáculos.

O Teatro de Santa Isabel recebe, às 16h30, uma grande produção infantil, que trata de amor, amizade e liberdade. Pela primeira vez na cidade, o musical A Gaiola, do grupo carioca Camaleão Produções Culturais, vencedor de vários prêmios. Com texto adaptado da obra de Adriana Falcão, em parceria com Eduardo Rios, dirigido por Duda Maia, e estrelado pelos atores-cantores Carol Futuro e Pablo Áscoli, o espetáculo conta a história de um passarinho que cai na varanda de uma menina, e enquanto ela cuida dele, os dois se apaixonam. Quando o passarinho fica curado e pode partir, prefere ficar numa gaiola, ao lado da menina.

A última produção pernambucana a integrar a programação será apresentada às 19h, no Hermilo Borba Filho. Pro(fé)ta - O Bispo do Povo, do Coletivo Grão Comum, recorda o martírio dos corpos trucidados pela Ditadura e celebra o aclamado bispo Dom Helder Camara, pedindo paz e questionando a crença e a dimensão da fé guardada nos dilacerados corações brasileiros.

Às 20h, o 20 Festival Recife do Teatro Nacional encerra no Teatro Luiz Mendonça, com a reapresentação do espetáculo LTDA, do Coletivo Ponto Zero, do Rio de Janeiro, que trata de temas que nunca estiveram tão próximos dos brasileiros: fake news, pós-verdade e pós-ética. A dramaturgia é de Diogo Liberano. Debora Lamm assina a direção e o cenário. A direção de movimento é de Denise Stutz; a trilha sonoral, de Marcello H; e o figurino, de Ticiana Passos. Participam do elenco: Brisa Rodrigues, Brunna Scavuzzi, Carlos Darzé, Diogo Liberano e Leandro Soares, com participação especial de Naomi Savage.

Os ingressos custam R$ 10 (R$ 5 para estudantes) e serão vendidos nas bilheterias de cada teatro, a partir das 16h 

Penúltimo dia – A programação começou cedo, ontem, no Teatro de Santa Isabel, com a poesia do espetáculo A Gaiola. Às 19h, a produção local Espera o Outono, Alice subiu ao palco do Apolo. O penúltimo dia de programação acabou com os questionamentos do Coletivo Ponto Zero, que apresentou a peça LTDA.

“Preços legais. Espetáculos acessíveis. Achei o Festival bem legal. Quando é de fora, a gente tenta assistir, porque sabe que vai ser mais difícil ver depois”, disse o bailarino Rafa Ragner. “Teatro é caro. A gente tem que aproveitar essas oportunidades”, confirmou Priscila Araújo.

“Fiquei sabendo do Festival por amigos. Faço teatro. Essa programação vale a pena demais. É um estímulo para quem faz teatro, para quem frequenta e até para quem não tem hábito. Abre uma janela muito importante”, disse o estudante de Teatro Felipe Nunes.

“A maior dificuldade que os grupos enfrentam hoje em dia é o grande mito de que teatro é lazer de elite. Não é. E esse Festival é a maior prova disso”, disse o estudante de Geografia e morador de Brasília Teimosa Renan Costa. 

Confira a programação de hoje: 

 

20º Festival Recife do Teatro Nacional

  

A GAIOLA

Camaleão Produções Culturais (RJ)

Dias 24 e 25, às 16h30

Local: Teatro de Santa Isabel

Duração: 50 minutos

Livre para todos os públicos

Baseado no livro infantil de mesmo nome e indicado ao Prêmio Jabuti, no ano de 2014, trata-se de um espetáculo musical inédito, adaptado pela própria Adriana Falcão em parceria com Eduardo Rios, dirigido por Duda Maia, e estrelado pelos atores-cantores Carol Futuro e Pablo Áscoli. Conta a história de um passarinho que cai na varanda de uma menina, e enquanto ela cuida dele, os dois se apaixonam. Quando o passarinho fica curado e eles têm que se despedir, ela resolve aprisioná-lo em uma gaiola. É um espetáculo rico em humor e poesia, que trata de amor, amizade e liberdade.

Ficha Técnica

Adaptação: Adriana Falcão e Eduardo Rios

Direção e Roteiro: Duda Maia

Elenco: Carol Futuro e Pablo Áscoli

Direção Musical e Trilha Original: Ricco Viana

Cenário: João Modé

Iluminação: Renato Machado

Figurino: Flávio Souza

Direção de Produção: Bruno Mariozz

Produção: Palavra Z Produções Culturais

Produção Recife: Iris Macedo (Fervo Projetos)

Idealização: Camaleão Produções Culturais

 

 

LTDA

Coletivo Ponto Zero (RJ)

Dias 24 e 25, às 20h

Local: Teatro Luiz Mendonça

Duração: 60 minutos

Indicado para maiores de 14 anos

Em um edifício empresarial, uma agência que produz e divulga fake news está à beira de um colapso. A peça busca lançar um olhar sobre a condição humana em tempos de pós-verdade e pós-ética.

Ficha Técnica

Dramaturgia: Diogo Liberano

Direção: Debora Lamm

Elenco: Brisa Rodrigues, Brunna Scavuzzi, Carlos Darzé, Diogo Liberano e Leandro Soares

Participação Especial: Naomi Savage

Direção de Produção: Lucas Lacerda

Direção de Movimento: Denise Stutz

Direção Sonora: Marcello H

Figurino: Ticiana Passos

Visagismo: Josef Chasilew

Desenho de Luz: Ana Luzia de Simoni

Cenário: Debora Lamm

Realização: Coletivo Ponto Zero

 

 

PRO(FÉ)TA – O BISPO DO POVO

Coletivo Grão Comum (PE)

Dia 25, às 19h

Local: Teatro Hermilo Borba Filho

Duração: 50 minutos

Livre para todos os públicos

Finalizando o ciclo da pesquisa do Coletivo Grão Comum intitulada Trilogia Vermelha, a encenação começa com a notícia do sequestro e assassinato do padre Henrique, em 1969, recordando o martírio dos corpos trucidados pela Ditadura e, até mesmo, da realidade do povo indigente sobrevivendo na lama do Recife, e, como testemunhou o evangelho, a miséria e suplício do próprio Cristo. A peça mobiliza um cortejo pelas ruas da cidade, conduzindo os espectadores rumo ao teatro, para o sepultamento do corpo trucidado, denunciando a violência que nos aflige ainda hoje, que ainda é ferida aberta, sempre injusta e desumana. A obra celebra o aclamado bispo Dom Hélder Câmara pedindo silêncio e paz, evocando reza forte, questionando a crença e a dimensão da fé guardada nos nossos corações dilacerados de desilusão.

Ficha Técnica

Pesquisa dramatúrgica, encenação e iluminação: Júnior Aguiar

Elenco: Daniel Barros, Júnior Aguiar e Márcio Fecher

Música Original: Geraldo Maia (com Paulo Marcondes, Rodrigo Samico, Públius, Hugo Linnis e Amarelo)

Operação de Áudio e Luz: Felipe Hellslaught

Idealização: Coletivo Grão Comum

Produção Geral : Coletivo Grão Comum, Cen@ff e Gota Serena