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Cultura | 26.03.15 - 17h30

Lava-jatos irregulares são interditados

SMAS fechou cinco empreendimentos que não possuíam licença ambiental para funcionar e estavam provocando contaminação hídrica e de solo. (Foto: Divulgação)


Uma operação realizada pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife (SMAS) interditou, nesta quinta-feira (26), cinco lava-jatos irregulares e um restaurante, na Zona Oeste da cidade. Os empreendimentos não possuíam licença ambiental para funcionar e estavam provocando contaminação hídrica e de solo. A ação percorreu os bairros da Cidade Universitária, Várzea e Iputinga.

O primeiro estabelecimento fechado fica na Avenida Professor Morais Rego, na Cidade Universitária. Quando a operação chegou, o lava-jato estava funcionando e havia cerca de 10 carros no local. Durante a inspeção, os fiscais constataram que a água usada na lavagem dos veículos era jogada diretamente na rede de águas pluviais da rua. O problema gerava a poluição do lençol freático e do solo na região.

“Naturalmente, na lavagem de um carro é desprendido com a água uma série de produtos, óleo, areia, sabão. Isso não pode ir direto para rede de esgoto nem para as galerias de águas pluviais. É necessário ter um equipamento chamado de caixa separadora, que retém o óleo e outros materiais. Infelizmente, aqui eles não têm o aparelho nem a licença para funcionar”, explicou o gerente de Controle Ambiental da SMAS, Ismael Cassimiro.

De acordo com ele, pelos os problemas encontrados, o empreendimento foi interditado e autuado. Agora, o dono responderá a um processo administrativo na prefeitura e poderá ser punido com multa que varia de R$ 5 mil a R$ 50 mil. “Ele terá 15 dias para apresentar defesa sobre a autuação e só poderá reabrir quando se regularizar junto à Secretaria de Meio Ambiente”, reforçou Cassimiro. O restaurante localizado ao lado lava-jato também foi interditado por falta de licença ambiental.

Ainda na Cidade Universitária, foi fechado outro estabelecimento, localizado na Rua General Polidoro. Embora não estivesse funcionando no momento em que a operação chegou, os fiscais vistoriaram o local e encontraram irregularidades. Ele não possui licença ambiental e a caixa separadora existente não estava funcionando, o que gerava poluição.

A Secretaria de Meio Ambiente ainda interditou um lava-jato na Iputinga e dois na Várzea, pelas mesmas razões dos anteriores. Apenas um empreendimento vistoriado no bairro da Várzea estava completamente regularizado. Com isso, foi realizada apenas uma ação educativa para reforçar a importância do envio de relatórios periódicos à SMAS, sobre a destinação dos resíduos retidos na caixa separadora.

“Há empresas especializadas em recolher os resíduos que ficam nessa caixa e tratá-los. Por isso, mesmo regularizados, é necessário informar - a cada três meses - como o serviço está sendo realizado. Nosso objetivo é evitar a poluição da cidade e garantir um melhor serviço para a população”, concluiu Cassimiro. A operação contou com o apoio da Secretaria Executiva de Controle Urbano e da Brigada Ambiental.