Escolas integrais elegem representantes de turmas
Estudantes da Escola Municipal de Tempo Integral (EMTI) Dom Bosco, localizada em Jardim São Paulo, escolheram, nesta quarta-feira (26), os líderes e vice-líderes de todas as turmas dos Anos Finais do Ensino Fundamental. As eleições diretas estão sendo realizadas em seis unidades de ensino, que terão um total de 72 chapas eleitas. O pleito já aconteceu nas EMTIs Divino Espírito Santo, no bairro da Várzea, Pedro Augusto, na Boa Vista, e Nadir Colaço, na Macaxeira. Nesta quinta (27), a votação acontece na Escola Reitor João Alfredo, na Ilha do Leite, e na próxima terça-feira (02) será a vez da EMTI Costa Porto, na Ilha Joana Bezerra.
De acordo Pedro Portela, da Gerência de Educação Integral e Anos Finais da Secretaria de Educação do Recife, o projeto teve início em 2016. “Nosso objetivo é incentivar o protagonismo juvenil dos estudantes da rede, despertando a consciência crítica sobre os direitos e deveres de cada um deles dentro e fora do ambiente escolar”, explicou. Cada chapa eleita exerce um mandato de um ano. Nesse período, os líderes participam de cursos de formação com o intuito de desenvolver habilidades que contribuam em sala de aula para a formação de uma cultura da paz, ensino responsável e respeito ao patrimônio público.
Para o vice-dirigente da Escola Dom Bosco, José Gomes dos Santos, o líder tem que ter o dom de motivar os colegas de turma, mostrando que o espaço escolar é antes de tudo um espaço de direitos e deveres. “Desenvolver em cada estudante o sentimento de que ele faz parte da comunidade escolar acaba combatendo o bullying e incentivando a participação coletiva”, afirma.
E se depender do entusiasmo demonstrado pelos alunos da EMTI Dom Bosco durante as eleições desta quarta, os objetivos traçados pela Prefeitura do Recife têm tudo para serem alcançados. Para Thays Alves, de 14 anos, uma das seis integrantes da comissão eleitoral da Dom Bosco, a eleição enaltece a democracia. “Estou na comissão pelo segundo ano consecutivo. Acho que esse projeto é uma experiência fantástica de preparação para democracia, pois nos orienta para saber votar com mais consciência durante a fase adulta”, argumentou.
Candidata a líder na chapa MM, em uma das turmas do 9º ano da Dom Bosco, Maria Alice Nicola, de 14 anos, acha muito importante o adolescente conviver com a democracia desde cedo. “É desta forma que aprendemos a valorizar o direito ao voto e à liberdade de expressão”, opina. O outro M da chapa, Moabe do Amarante, também de 14 anos, destaca a responsabilidade dos eleitos diante dos colegas de turma. “É um cargo muito importante, pois uma das nossas atribuições é servir de exemplo de conduta cidadã para todos os colegas em sala de aula, o que não é fácil”.
E para o aluno-eleitor, qual seria o perfil dos melhores candidatos? Adrya Murela, de 13 anos, acha que tem que ser um colega que incentivo as boas práticas dentro e fora da sala de aula. “Fui líder da minha turma o ano passado e achei uma experiência gratificante. Na função, sempre procurei respeitar colegas e professores e vou cobrar isso dos meus novos líderes”, argumentou.