Programação do Festival Internacional de Dança se despede dos teatros do Recife
Neste sábado (26), a 17ª edição do Festival Internacional de Dança do Recife (FIDR) se encerra com uma série de espetáculos montados e trazidos especificamente para serem mostrados nas vários teatros e parques da capital pernambucana. Os destaques do último dia de programação serão as exibições de companhias internacionais como a espanhola Compañia Lodesdae, no Teatro Santa Isabel. Outros cinco espaços serão movimentados pelo fechamento da programação do Festival.
Às 17h e 20h, a professora Simone Mahayla leva ao palco do Teatro Apolo o Florescer - Mostra de Dança Árabe, um projeto de dança árabe que reúne mais de 10 companhias, com cerca de 160 bailarinos do Recife e de outras localidades do Nordeste, incluindo a Cia. Cadências, que possui quatro bailarinas cadeirantes. A apresentação promete fazer a plateia suspirar. Ingressos para espetáculos nos teatros estão todos sendo vendidos ao preço popular de R$ 5,00.
Como parte da programação de atividade especial, o Ginga B’Boys e B’Girls faz um torneio de dança de rua com 16 equipes na comunidade Buraco da Gata, em Três Carneiros, no bairro do Ibura, próximo ao terminal de ônibus. O evento é realizado pela Associação Metropolitana de Hip Hop em Pernambuco, e já está na sua sexta edição. Um DJ e um MC de celebração comandam a competição. O acesso é livre.
Na esplanada do Parque Dona Lindu, também aberto ao público, tem Cribles/ Wild, com Emmanuelle Huyhn, da França. Às 18h começa a discussão do conceito de comunidade. No Centro Nacional de Dança Contemporânea de Angers (CNDC), instituição de estudos avançados focados exclusivamente em dança contemporânea, Emmanuelle implementa seus projetos. O Parque recebe também o projeto Madrid Dances in... Recife, com LONGFADE, da companhia espanhola 87 Grillos, aberto ao público. Logo em seguida, e ainda no Dona Lindu, mas dessa vez interno, no Teatro Luiz Mendonça, Ana Paiva e a tailandesa Pak Boonyakiat da Sahaja Yoga do Brasil, trazem um pouco da dança clássica indiana. Poesia, música, filosofia e figurinos da cultura da Índia em sua forma mais pura, onde a dança é vista como conforto físico e também espiritual.
Quem for ao Teatro Barreto Júnior, às 20h, vai poder rever mais uma apresentação de Ivaldo Mendonça, com Encontro Oposto - Três movimentos em um ato. Um espetáculo de dança contemporânea que tem como eixo central questões de gênero e sexualidade, divididas em três partes integradas e independentes. O espetáculo propõe uma reflexão sobre o processo de descoberta, camuflagem e aceitação da sexualidade do individuo em que o guia de pesquisa da criação é a relação entre o sexo oposto e suas diversas representações que ele pode assumir na sociedade...
E para fechar com chave de ouro a programação do Festival, o espetáculo escolhido foi Return, da Cia. Losdedae, da Espanha, no Teatro Santa Isabel. Integra o projeto Madrid dances in Recife. O grupo residente em Alcalá de Henares ganhou Prêmio Nacional da Dança em 2006. A apresentação nvestiga em que lugar do corpo se aloja o amor. A companhia desenvolve seu trabalho, que envolve desde a experimentação, à criação de novas produções e a consolidação de um projeto que leva mais de 10 anos gerando dança. Trata-se de uma ideia de movimento, de agitação constante e de escuta das diferentes necessidades que podem ter a dança contemporânea.
O FIDR é uma realização da Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura da Cidade do Recife, e conta com o patrocínio da Petrobrás, Ministério da Cultura e Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal, Caixa Econômica Federal e Funarte. Este ano, o evento tem o apoio cultural do Instituto Cervantes, Aliança Francesa, Instituto Francês e Consulado Geral da França para o Nordeste.