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Mulher | 26.11.14 - 10h50

Campanha "Ser feliz. Eu vou. É meu direito", de enfrentamento à violência contra a mulher, é lançada pela PCR

Empoderamento das recifenses e garantia de direitos fazem parte do conceito das peças

"Ser feliz. Eu vou. É meu direito" é o mote da campanha pelo fim da violência contra a mulher lançada pela Prefeitura do Recife, nesta terça-feira (25), no auditório do Banco Central do Recife, na rua da Aurora. Outdoors, painel de LED, adesivos para carro, praguinhas e o livro Reconstruindo vidas: mulheres que romperam a violência doméstica, com depoimentos de 10 recifenses que saíram do ciclo de violência são algumas peças da campanha. Também foi apresentado o Liga, Mulher, o telefone do Centro de Referência Clarice Lispector voltado para as recifenses que estão em situação de supressão de direitos. A ação faz parte dos 16 dias de ativismo internacional pelo fim da violência contra a mulher.

O evento contou com a participação do vice-prefeito Luciano Siqueira, da secretária da mulher, Sílvia Cordeiro, da primeira-dama, Cristina Melo, da secretária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Ana Rita Suassuna, do secretário de Segurança Urbana, Murilo Cavalcanti, do secretário de Planejamento e Gestão, Alexandre Rebelo, da juíza da 2ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, Marylúsia Feitosa, da defensora pública Virgínia Fernandes, da secretária da Mulher de Pernambuco, Bárbara Kreuzig, e da presidenta do Conselho da Mulher do Recife, Rosângela Santos.

O vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira, em sua fala, ressaltou a importância da ação. "Assumimos um compromisso que a faríamos uma gestão democrática, popular, mas que seriamos um governo que se esforçaria para se caracterizar como um governo feminista, portanto comprometido com a luta pela igualdade de gênero. E essa campanha é parte disso e uma parte muito expressiva. Porque eu creio que as campanhas servem, para em alguns, consolidar conceitos e convicções e a determinação de seguir adiante, e para outros, despertá-los", disse. Luciano ainda completou que as peças deixam transparecer a necessidade de romper as barreiras e seguir adiante.

Já a secretária da mulher, Sílvia Cordeiro, relembrou que a campanha é um compromisso do governo que tem a igualdade de gênero como prioritária. "Esta campanha significa o empoderamento das mulheres. Elas estão dizendo com muita afirmação que ser feliz é um direito e que isto também é uma questão do Estado. E estamos promovendo políticas públicas que garantam o direito dessas mulheres, de todas as recifenses. Que garantam uma igualdade de gênero, uma vida sem violência", comentou. Em seguida, foi a vez da secretária-executiva de Imprensa, Marcella Sampaio, apresentar os detalhes da ação." O conceito Ser Feliz. Eu Vou. É meu direito foi pensado para reforçar o ideal de empoderamento das mulheres em relação ao próprio corpo e opiniões e que seus direitos precisam ser plenamente resguardados e respeitados".

No evento, também foi anunciado o Liga, Mulher (0800 281 0107), telefone do Centro de Centro de Referência Clarice Lispector, equipamento municipal especializado no acolhimento e orientação de mulheres em situação de violência doméstica e/ou sexista. A ligação é gratuita e o serviço funciona de domingo a domingo, das 7h às 19h. O livro Reconstruindo vidas: mulheres que romperam a violência doméstica traz o relato de dez recifenses que tiveram seus direitos suprimidos e passaram por várias formas de violência: sexual, patrimonial, doméstica. Junto a isto, há entrevistas com profissionais que lidam com a questão, tanto no lugar da gestão como no âmbito acadêmico.

16 dias de ativismo - O movimento internacional tem início no dia 25 de novembro e segue até o dia 10 de dezembro. Existe desde 1991, por iniciativa do Centro de Liderança Global de Mulheres (Center for Women’s Global Leadership – CWGL), e conta com a participação de mais de 150 países. A campanha tornou-se uma das mais importantes estratégias de mobilização e sensibilização da sociedade para igualdade de gênero e o fim da violência contra a mulher.

LIVRO:

Reconstruindo Vidas: Mulheres que Romperam a Violêncvia Doméstica – 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher

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