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Cultura | 26.11.17 - 13h38

Último dia do 19º Festival Recife do Teatro Nacional

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Iniciativa da Prefeitura do Recife, programação acaba hoje (26), com duas montagens nacionais inéditas na cidade (Foto: Daniel Sorrentino/Divulgação)

 

 

Após seis dias de atividades, acaba hoje (26) o 19º Festival Recife do Teatro Nacional. A programação, realizada pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, encerra com dois espetáculos nacionais inéditos na cidade.

Às 16h, o Teatro Apolo recebe o Grupo Bricoleiros, do Ceará, com o espetáculo Criaturas de Papel, que usa o encanto do teatro de marionetes para falar de encontros e partidas. Mais tarde, às 20h, Fause Haten encerra a programação do festival, encarnando a personagem Lili Marlene, no Teatro de Santa Isabel. Um dos grandes nomes da moda brasileira nos anos 1990, Haten, que concilia passarelas e palcos há alguns anos, retrata a vida de um artista transformista no espetáculo, escrito e dirigido pelo próprio ator. 

Os ingressos serão vendidos a preços populares (R$ 10 e R$ 5) nas bilheterias dos teatros. 

SEXTO DIA - Ontem, a programação começou cedo. Às 16h30, o espetáculo infantil Ogroleto, do grupo cearense Pavilhão Magnólia, abriu a programação, levando para o palco no Teatro Barreto Júnior um texto da autora canadense Suzane Lebeau, sobre medos, dúvidas e superação de limites. 

Às 19h, o espetáculo Mucurana, o Peixe, do Coletivo Construtores de História, foi apresentado no Teatro Hermilo Borba Filho, com texto adaptado da obra de Hermilo, que trata de opressão social e monetária. Às 20h, no Teatro Luiz Mendonça, o Grupo Magiluth encerrou o penúltimo dia de programação do festival com o espetáculo Dinamarca, perturbador questionamento sobre estruturas e papéis sociais, que vai buscar personagens e referências em Hamlet, de Shakespeare. 

A terapeuta Danielle Costa foi com a filha assistir Ogroleto e celebrou a programação, oferecida pela Prefeitura. “Acesso à cultura é fundamental.”

Para a auxiliar de consultório Patrícia Ricardo, o grande mérito da programação foi democratizar as artes cênicas. “Vou confessar: o preço do ingresso, para mim, foi o maior atrativo desse festival. Já me acostumei a não frequentar teatro. Geralmente é caro demais”, disse Patrícia, que levou a filha Raíssa, 6 anos, a amiga Fabíola Souza e os dois filhos dela para o Barreto Júnior, na tarde de ontem. “A gente mora em Olinda e Jardim São Paulo. O caminho foi longo, mas valeu a pena demais!”

Mais tarde, na grande fila que se formou no Luiz Mendonça, o casal Altiere Freitas e Rebeca Menezes estreou na programação do festival, animado com a qualidade da programação. “O teatro é ótimo, o preço, acessível. Quanto mais festivais como este, melhor para a cidade.” 

“O mais importante é impedir que as pessoas tenham aquela falsa impressão de que o teatro não é lugar para elas. É fundamental essa missão de democratizar as artes cênicas”, disse a historiadora Izabelly Oliveira.

Confira a programação do último dia do festival:



PROGRAMAÇÃO 19º FESTIVAL RECIFE DO TEATRO NACIONAL

  

- Dia 26

Criaturas de Papel – Do Grupo Bricoleiros (CE), às 16h, no Teatro Apolo

O espetáculo fala de encontros e partidas e de habitar um espaço enquanto força fundamental do pulso de existir e vínculos constitutivos do percurso de viver. Papéis brancos ganham formas geométricas e são transmutados em figuras cênicas que ganham vida. Indicado para crianças a partir de 10 anos

 

Lili Marlene, Um Musical – De Fause Haten (SP), às 20h, no Teatro de Santa Isabel

O espetáculo é um musical pop punk. O Lili, como gostava de ser chamado, é o neto de Marlene, uma atriz hollywoodiana dos anos 30. Rejeitado pelo pai na infância, foge de sua casa em Berlim e depois de alguns anos começa a fazer sucesso em Paris, dublando sua avó, sem que ninguém soubesse do seu parentesco. Aos 30 se tornou sacerdote de uma religião quando morava nos Estados Unidos. Anos mais tarde, já afastado da igreja, ele faz um relato de sua saga. Indicado para maiores de 14 anos