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Oferecida pela Prefeitura do Recife, a programação já conquistou fãs de diferentes idades que acompanham, mensalmente, as apresentações da Banda Sinfônica do Recife

Diferentes idades, mas o mesmo desejo: apreciar música de qualidade. Este foi o sentimento de várias pessoas que compareceram ao segundo concerto de 2017 da Banda Sinfônica do Recife, realizado, ontem, no Teatro de Santa Isabel, equipamento cultural da Prefeitura do Recife.

A analista de sistemas Patrícia Maforte, de 38 anos, aproveitou as férias para assistir ao espetáculo. “Sempre tive vontade e hoje vi a chamada na televisão. Estou muito feliz em conhecer o Teatro de Santa Isabel e por poder assistir a um concerto no Recife”, disse Patrícia, que foi ao concerto acompanhada da sua mãe.

Não tem idade para apreciar a música erudita. Vitória Kellen, de 15 anos, é um exemplo. Todos os meses ela assiste ao espetáculo e traz os amigos, vizinhos e familiares. “Meu pai é musico e, desde os sete anos, participo de concertos”, disse a jovem.

Sob fortes aplausos, o maestro Nenéu Liberalquino iniciou a apresentação com a peça Second Suite for Band, do compositor Alfred Reed. Desta obra, foram executadas as músicas: Son Montuno, Tango, Guaracha e Paso Doble.

Em seguida, o mastro conduziu os músicos numa compilação de temas da obra La Bohème, considerada a mais romântica das composições de Giacomo Puccini.

Para o grupo da boa idade, que participa do concerto mensalmente, o momento é de diversão e aprendizagem. “Aqui é muito mais que um show, é uma aula-espetáculo. O maestro não só rege esta banda maravilhosa, como nos ensina sobre os grandes compositores do mundo e sobre as canções que embalaram momentos inesquecíveis em nossa vida”, disse a pedagoga Eleuzine Gomes, de 64 anos, que veio acompanhada de mais duas amigas.

O terceiro momento do concerto foi uma homenagem ao mestre Pixinguinha e ao Dia Nacional do Choro, celebrado na data de nascimento do compositor, dia 23 de abril. A música escolhida pelo mastro foi Lamentos.

Do choro ao samba brasileiro, a banda deu continuidade ao concerto tocando uma música dos compositores brasileiros Afonso Teixeira e Valdemar Gomes. A composição Nêga emocionou os presentes.

O casal Albérico Ramos, 28 anos, e Shirlene Silva, 25 anos, aproveitou a noite para fazer um passeio romântico. “Sempre tive vontade de assistir ao concerto da Banda Sinfônica, ouvir música de qualidade em um teatro tão lindo”, enfatizou o operador de telemarketing que ficou sabendo do espetáculo na internet.

Entrando no mundo das trilhas sonoras, a Banda Sinfônica tocou a música Batman: The  DarkKnight Rises, do grande compositor alemão, Hans Zimmer, que ficou muito conhecido por trilhas memoráveis de filmes como o Código da Vinci e Rei Leão 3.

Por último, não menos empolgante para a plateia que assistia sem piscar, foi a vez do maestro encerrar a noite com a música “Themes From King of Kings”, de Miklos Rozsa, que ficou conhecida como tema do filme da Paixão de Cristo.

A plateia queria mais. O maestro, parafraseando Carlos Drummond de Andrade, disse: “Eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força o resgata”, antes de tocar de novo Lamentos, do mestre Pixinguinha.

A noite foi inesquecível para um grupo de 48 adolescentes, entre 15 e 18 anos, que moram em Vertentes, interior de Pernambuco. Eles passaram o dia no Recife conhecendo pontos turísticos, como: Museu da Cidade do Recife, Paço do Frevo, Memorial Luiz Gonzaga e Memorial Chico Science. “Nossa aula passeio não poderia terminar de maneira melhor: apreciando um grande espetáculo”, disse o professor de Geografia e Sociologia, Tulio Chaves, que faz este passeio há sete anos.

“Para mim é uma noite inédita, estava cheio de expectativas. Foi uma grande realização participar de um concerto em um teatro tão lindo. Nunca tinha vindo, amei! Vou indicar para todo mundo da minha cidade”, concluiu o estudante Jonata Santos, 15 anos, morador de Vertentes.