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| 27.08.12 - 11h37

PCR promove visitas de grupos à exposição Sala Escura da Tortura

Jovens e alunos de escolas municipais e estaduais, integrantes de organizações da sociedade civil e de entidades religiosas terão uma oportunidade de conferir a Exposição Sala Escura da Tortura, no Teatro Luiz Mendonça no Parque Dona Lindu, que permanece em cartaz até o dia 31 de agosto, sempre das 10h às 17h, com entrada gratuita. As visitas começam às 9h30 desta quarta-feira (29), com a participação dos participantes de grupo de Jovens em liberdade, supervisionados pelo CREAS, da Secretaria de Assistência Social. Já às 15h30 desta quinta-feira (30), será a vez dos estudantes da Escola Municipal Nadir Colaço, que já trabalham a temática da Ditadura Militar nas salas de aulas, realizarem o passeio cultural.

As vistas estão sendo promovidas pela Prefeitura do Recife, por meio das Secretarias de Direitos Humanos e Segurança Cidadã (SDHSC) e Cultura, que também convidaram todas as pastas e órgãos da gestão municipal e estadual, organizações da sociedade civil e entidades religiosas.

Relembrando a origem

A Exposição “Sala Escura da Tortura” foi concebida e exibida pela primeira vez em Paris no ano de 1973, por iniciativa do Grupo Denúncia, formado por quatro artistas plásticos renomados internacionalmente - Júlio Le Parc, Alexandre Marco, Gontran Guanaes Netto e Jose Gamarra -, junto com o Colletiv anti Faciste. Posteriormente, foi exibida em países como Itália, Suíça, Alemanha e outros, percorrendo as cidades europeias nas quais a Anistia Internacional promoveu debates sobre os direitos humanos. Em 2011, a “Sala Escura da Tortura” circulou nas cidades de São Paulo (SP), Petrópolis (RJ), Niterói (RJ), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF) e Fortaleza (CE), acompanhada de debates, seminários e audiência pública sobre a prática de torturas nos dias atuais.

A exposição presta uma homenagem aos homens e mulheres que deram suas vidas pela construção de uma sociedade mais justa e fraterna, trazendo à tona a reflexão sobre um tema que infelizmente não ficou no passado: os horrores da tortura. Sob os mais diferentes aspectos, no Brasil e no mundo, essa é uma realidade que ainda persiste. Retomar a exposição significa afirmar nosso repúdio diante de tais práticas que ferem a dignidade humana, como fizeram com Tito e tantos outros que nos precederam.