NOTÍCIAS

| 27.08.13 - 13h34

Orquestra Sinfônica do Recife retoma temporada 2013 com Marlos Nobre

[caption id="attachment_37782" align="alignleft" width="680"] O primeiro concerto da OSR com o novo maestro será nesta quarta-feira (28). (Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR)[/caption]



Após quase dois meses de ensaios, a Orquestra Sinfônica do Recife retoma a temporada de 2013, agora tendo à frente o maestro pernambucano Marlos Nobre. O primeiro concerto com o novo regente acontece nesta quarta, dia 28 de agosto, às 20h, no Teatro de Santa Isabel, tendo como solista, a pianista Elyanna Caldas Silveira, pernambucana laureada internacionalmente. A entrada é franca. A distribuição de ingressos começa às 19h.

O espetáculo tem início com o hino nacional, composição de Francisco Manuel da Silva. Em seguida será executada a “Abertura Egmont Opus 84", de Beethoven, baseada na peça de Goethe sobre um conde que chefia uma revolta flamenga contra o jogo espanhol no século XVI. Na sequência, será apresentada a última composição de Mozart para piano e orquestra, o “Concerto para Piano e orquestra nº 27 em Si bemol maior, K 595”. A pianista Elyanna vai repeti-la 54 anos depois, no mesmo palco e com a mesma orquestra.

Finalizando a noite, a OSR executa a “Sinfonia nº5 em Mi menor Opus 64”, de Tchaikovsky. Bucólica, valsante, marcial, apoteótica, escrita em 4 movimentos, é a preferida das salas de concerto e considerada a melhor do autor russo.

Os concertos da Orquestra Sinfônica do Recife tornam a acontecer com periodicidade mensal, sendo as próximas datas 25 de setembro, 23 de outubro, 20 de novembro e 17 de dezembro.

Marlos Nobre - Nascido no Recife, em 1939, Marlos Nobre começou a estudar piano e teoria musical no Conservatório Pernambucano de Música aos nove anos. Posteriormente, com uma bolsa da Fundação Rockefeller, realizou estudos avançados de composição no Centro Latino-americano de Altos Estúdios Musicales do Instituto Torcuato Di Tella em Buenos Aires com Alberto Ginastera, Olivier Messiaen, Riccardo Malipiero, Aaron Copland e Luigi Dallapiccola (1963-1964).

Estudou ainda composição com Alexandre Goehr e Günther Schüller no Berkshire Music Center em Tanglewood, EUA (1969), onde trabalhou com Leonard Bernstein. No mesmo ano estudou música eletrônica no Centro de Música Eletrônica de Columbia-Princeton em New York, com Wladimir Ussachevsky.

O pianista despontou para a cena mundial. Hoje, ele coleciona um extenso currículo artístico, com premiações em concursos nacionais e internacionais de composição. Nobre também já dirigiu grandes orquestras do Brasil, como a Sinfônica Nacional, a do Estado de São Paulo e a do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, e de outros países, como a Filarmônica de Londres e a Sinfônica da Venezuela. Recebeu condecorações importantes, como a Medalha de Ouro de Mérito Cultural de Pernambuco (1978); Oficial da Ordem do Rio Branco do Itamaraty (1989); Oficial da Ordre des Arts et des Lettres da França; e Troféu Cultural da Cidade do Recife (2004).

Elyanna Caldas Silveira – Natural do Recife, iniciou seus estudos musicais aos cinco anos de idade, sob a orientação de Hilda e Nysia Nobre, realizando aos dez anos o seu primeiro recital de piano. Aos dezessete anos, como aluna de Waldemar de Almeida, representou o Brasil no V Concurso Internacional Frederico Chopin realizado em Varsóvia, Polônia. Detentora do 1º prêmio no Concurso Magda Tagliaferro (Rio de Janeiro/1957), partiu para Paris com bolsa de estudos de um ano. Em seguida fez curso de especialização chopiniana na Polônia, com a professora Marguerita Trombini-Kazuro. Em Viena foi aluna de Bruno Seidlhofer e freqüentou os Festivais de Salzburg em 1957, 1958 e 1967.

Professora fundadora do Curso de Música da Universidade Federal de Pernambuco dedicou- se ao ensino de piano entre 1960 e 1986. Também foi professora do Conservatório Pernambucano de Música, onde ocupou o cargo de Diretora de 1987 a 1991 e de 1995 a 1999. É licenciada em Música pela École Normale de Musique de Paris e em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco.

Na tentativa de ampliar as perspectivas profissionais do artista nordestino, fundou o Movimento Arte e Cultura do Nordeste, que entre 1983 e 1986 promoveu uma série de atividades que buscava a integração das artes. Idealizou e coordenou no Recife os Festivais Schumann/Chopin (2010), Liszt/Mendelssohn (2011) e Debussy/Albeniz (2012).