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Educação | 27.08.18 - 17h46

Horta sensorial marca Semana Municipal da Pessoa com Deficiência

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Escola Municipal Santo Amaro ofereceu atividades de dança para crianças com a professora Priscilla Mesquita, educadora física com síndrome de Down. (Foto: Luciano Ferreira/PCR)

 

Uma manhã festiva marcou as atividades da 17ª Semana Municipal da Pessoa com Deficiência na Escola Municipal de Santo Amaro nesta segunda-feira (27 de agosto). A escola, que atende 474 estudantes nos turnos da manhã, tarde e noite, acolhe também 35 alunos da educação especial com as mais diversas necessidades pois são crianças autistas com baixa visão ou com deficiências físicas e intelectuais.

As atividades contaram com convidados especiais e foram abertas com a presença de Priscilla Mesquita, educadora física e professora de dança com síndrome de Down. Ao som de muita zumba, Priscilla levou as crianças reunidas na área social da escola a dançar os ritmos de sonoridades latinas. Em seguida, o professor e músico Carlos Lira executou canções em seu saxofone para uma atenta plateia. Destaque também para a presença de Gustavo Dantas, professor da rede de ensino que é cego e que veio apresentar às crianças o seu cão-guia, Aisha.

O destaque da 17ª Semana Municipal da Pessoa com Deficiência, entretanto, ficou por conta da inauguração da Horta Sensorial na unidade. Com o objetivo de integrar alunos com e sem deficiência, além de estimular os sentidos, a horta sensorial se diferencia das hortas normais por manifestar-se através de quatro sentidos. O tato, através das texturas das plantas, a audição, com os repuxos d’água, a visão, através das cores e o olfato com os aromas das espécies.

Fruto de uma parceria com o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) e Secretaria do Meio Ambiente (SDSMA). A SDSMA contribuiu com 20 mudas de hortaliças (Alface crespa e lisa, berinjela, beterraba, couve folha, salsa, Brócolis e coentro), fez sensibilização e capacitação de professores e alunos de como fazer o plantio e manutenção da horta. O IPA, por sua vez, também promoveu a doação de mudas e o espaço foi pensado para que os cadeirantes pudessem circular livremente.

Para Maria Luiza Melo, professora do Atendimento Educacional Especializado (AEE), todo o projeto foi pensado para integrar os alunos. “A horta terá importante papel no desenvolvimento dos sentidos e na construção do imaginário e da criatividade dos alunos como o contato através do tato, olfato, por exemplo, mas também vai possibilitar mais contato com a natureza, mexer na terra, cuidar das plantas”, conta a professora.

Para Juan Miguel (8) anos, que possui baixa acuidade visual, a horta ajuda muitos estudantes deficientes. “Acho ótima, a horta te ajuda nos cinco sentidos como visão, tato, olfato, paladar e visão. Senti que a planta tinha a mesma textura de uma folha e o que mais gostei foi o formato circular da horta”, ressalta ele, pois o formato permite o acesso de estudantes cadeirantes ao local, que é cuidado pelos próprios estudantes.