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A manhã desta quinta-feira (27) fez jus ao clima de festa que o Geraldão costuma proporcionar. O Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães recebeu cerca de 1.500 estudantes da Rede Municipal de Ensino para a cerimônia de encerramento dos Jogos Escolares do Recife. Durante um mês, foram 10 modalidades esportivas disputadas por 17 unidades de ensino. Além do Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães, na Imbiribeira, as atividades aconteceram também no COMPAZ Ariano Suassuna, no Cordeiro, e na pista de atletismo da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).  

"Temos noção do potencial que esses jogos têm de transformar vidas", ressalta Yane Marques, secretária executiva de Esportes. "O legal é que é uma competição que desde 2017 vem numa ascendente, em número de atletas, em nível técnico, o investimento que vem sendo feito nos programas esportivos, a motivação dos nossos professores. São muitas mãos unidas por esse movimento. O que estamos vendo aqui no Geraldão é muito legal. Estamos dando a esses estudantes a oportunidade de serem atletas, assim como fui, como também tive a vida transformada pelo esporte. Quero que muitas outras vidas consigam o mesmo."  

A cerimônia foi animada. O protocolo de recepção foi conduzido por Banda Marcial formada por 50 integrantes da rede de ensino municipal. Logo na sequência, já teve jogo, com as finais e premiações do futsal. Na torcida, tinha campeão esperando por mais medalhas, como o Wanderson Vieira, de 16 anos. Além de beneficiário do Bolsa Atleta Recife, o jovem também treina gratuitamente com um professor do programa Recife Esportes de Rendimento.  

"Comecei jogando futebol. Foi o meu primeiro esporte, cheguei a fazer escolinha, mas aos 14 anos fui para o atletismo. Foi nele que me encontrei de verdade. Quando cheguei, já me apaixonei. Faço salto em altura, que é minha prova principal, e salto em distância. Já conquistei medalhas, além das municipais, nos Jogos Estaduais de Pernambuco e também no Norte-Nordeste, onde fiquei em segundo lugar. A minha meta é, se Deus quiser, uma Olimpíada, um Mundial, e também, agora, para o ano que vem, conseguir obter uma boa marca para ir para o Sul-Americano", projeta.  

A apresentação da ginástica, seguida pelo jogo do futsal de surdos, antecedeu as premiações das modalidades coletivas. Foi saindo com medalha no peito e indo direto para a apresentação com DJ. Envolta em alegria, Nicolle de Moura, 14 anos, estava cheia de motivos para comemorar. No atletismo, além de campeã nos jogos – no salto em distância e salto em altura – também já levou ouro no estadual, foi vice-campeã Norte-Nordeste e 5ª no Brasileiro de clubes. "Minhas pretensões para daqui a cinco anos é, com certeza, melhorar a marca, pra chegar no topo. Já venci campeonato estadual, segundo no Norte-Nordeste, e alguns outros. E quero parar não. Quero ir até a Olimpíada e Mundial."  

Os Jogos Escolares do Recife buscam incentivar a prática do esporte nas unidades de ensino municipais. Além disso, contribui para a descoberta de talentos em diferentes modalidades e para a integração de todos os estudantes nas atividades escolares. Neste ano, as modalidades disputadas foram o atletismo, badminton, basquete, futsal, handebol, natação, xadrez, luta olímpica, vôlei de praia e de quadra. Foram 764 meninos e 476 meninas, totalizando 1.240 estudantes participando da competição.  

Bolsa Atleta Recife – Além das medalhas e troféus habituais para os vencedores de cada modalidade, os participantes concorrem ao Bolsa Atleta Recife, em 2023. O valor parte dos R$300, por 12 meses, podendo chegar a R$500, a depender das etapas nacionais. A competição também funciona como etapa classificatória para os Jogos Escolares de Pernambuco (JEPs) – que, por conseguinte, dá acesso aos Jogos Escolares Brasileiros (entre 12 e 14 anos), realizado pela Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBDE), e Jogos Escolares da Juventude (entre 15 e 17 anos), realizados pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB).