5º Fórum Recife do Envelhecimento Ativo debate saúde da mulher
A Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Direitos Humanos e Segurança Cidadã (DHSC) e do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa do Recife (COMDIR), realizou, na tarde desta terça-feira (27), o 5º Ciclo de Palestras do Fórum Recife do Envelhecimento Ativo. O evento reuniu mais de 150 pessoas no auditório da Faculdade Frassinetti do Recife (Fafire), no bairro da Boa Vista.
Na abertura do evento, Kylicia Martins, gerente da Pessoa Idosa da SDHSC, lembrou que a população idosa vem aumentando e que precisa de políticas específicas para melhorar a qualidade de vida. “O conhecimento é a melhor ferramenta para o idoso conseguir uma vida ativa e saudável”, comentou. Em seguida, foi apresentado o curta-metragem Vou Contar para os Meus Filhos da cineasta Tuca Siqueira. O filme conta a história de 24 ex-presas da ditadura militar que se reencontram 40 anos após a detenção, no Recife. Lília Gondim, uma das ex-detentas, marcou presença no evento e contou não só sua experiência como ativista política, como ressaltou a importância dos mais velhos como exemplos de vida e capacidade de participação ativa e consciente na vida da sociedade.
O fórum contou ainda com a participação da geriatra Dra. Maria do Carmo Lencaster, membro da Câmara Técnica de Geriatria do Conselho Federal de Medicina, e de Selma Castro de Lima, advogada e assistente social, de 76 anos, que faz parte do COMDIR representando a associação Brasileira de Alzheimer. “Há estatísticas que mostram que as mulheres vivem mais que os homens, por isso a importância de realizar um evento voltado para este público, que tem necessidades específicas de cuidados com a saúde, como a prevenção do câncer de colo do útero e de mama, questões hormonais, entre outras coisas. Elas precisam estar bem informadas para terem um envelhecimento bem sucedido. É preciso também que os familiares se preparem para conviver com pessoas bem mais velhas, por que elas precisam de cuidados específicos, como adequações a limitações funcionais, melhoria nutricional, readequação da casa, dos móveis, aumento nos cuidados, transporte adequado, etc”, comentou Dra. Maria do Carmo.