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Cultura | 27.11.13 - 18h05

PCR remove construções irregulares em área de preservação

[caption id="attachment_41085" align="aligncenter" width="680"] A ação teve o objetivo de impedir novos aterros e cortes de mata ciliar em Unidade de Conservação da Natureza Caxangá. (Foto: Ivanildo Francisco/PCR)[/caption]

Uma operação da Prefeitura do Recife para coibir a ocupação irregular de uma reserva resultou, nesta quarta-feira (27), na remoção de muros, edificações inacabadas, cercas, entulhos, além da apreensão de mais 3 mil tijolos e diversos materiais de construção. Realizada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SMAS), a investida teve o objetivo de impedir novos aterros e cortes de mata ciliar na Unidade de Conservação da Natureza (UCN) Caxangá, situada nas imediações do loteamento Nova Morada, Zona Oeste da cidade.

Deflagrada após denúncias de moradores, a ação se concentrou na Rua Deputado José Francisco de Melo Cavalcante. No local, há um córrego que integra a bacia do Rio Capibaribe, constituindo área de preservação permanente. “Fomos à região de posse das plantas do loteamento e verificamos os limites da reserva. Quem invadiu o território da UCN foi notificado e as construções em andamento demolidas. Também recolhemos materiais e ferramentas para evitar a reutilização”, detalhou o gerente de Controle Ambiental da SMAS, Ismael Cassimiro.

O trabalho, que envolveu mais de 30 homens, começou pela manhã e se estendeu até o final do dia. Foram derrubados os murros de duas casas que estavam fazendo ampliação, um quarto usado para guardar material e as bases de uma edificação. Tijolos, britas, estacas, ferramentas, estruturas de ferro, tudo foi recolhido e levado para depósito da Gerência de Apreensão, na Rua Afonso Pena, em Santo Amaro. As cercas que demarcavam espaços com a intenção de se erguer casas também foram desmontadas. Houve ainda a retirada de 40 toneladas de entulho.

De acordo com Cassimiro, a metralha jogada indevidamente no local acarretou danos à vegetação. “Estamos mapeando toda a área e vamos estudar uma forma de recuperar a flora. Os responsáveis pela degradação vão ter que responder a um processo administrativo na Prefeitura e a multa pode chegar a R$ 250 mil. Como esse tipo de prática configura um crime ambiental, ainda vamos encaminhar uma denúncia ao Depoma para que os responsáveis respondam criminalmente”, disse, acrescentando que a fiscalização será reforçada na região.

Afora a pasta de meio ambiente, a operação contou com o apoio as secretaria municipal de Mobilidade e Controle Urbano, Emlurb, Brigada Ambiental e Polícia Militar.