PCR inicia uso de nova técnica para desinfectar unidades de saúde
A Prefeitura do Recife começa, neste sábado (28), a utilizar uma nova técnica para desinfecção das unidades de saúde do Recife. O processo de sanitização, que é reconhecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no enfrentamento ao novo coronavírus, consiste na aplicação de um desinfetante com ação viricida de alto nível, cuja ação tem início em até cinco minutos e o efeito residual atua por 24 horas. O Recife é a primeira capital do Nordeste a utilizar a sanitização em lugares públicos.
A nova medida do Plano Municipal de Contingência Covid-19 será iniciada em cerca de 150 unidades de saúde da rede municipal, a começar pela Upinha Moacyr André Gomes, em Casa Amarela, neste sábado, às 10h30, quando também será desinfectada a parada de ônibus que fica na frente da unidade de saúde da família. A estratégia implementada pela Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife é um complemento à higienização dos locais e não substitui a limpeza regular que já é feita rotineiramente. A Vigilância Ambiental do Recife também levará a nova técnica de desinfecção para outros locais com grande circulação de pessoas, como as principais avenidas da cidade, mercados públicos e terminais integrados de ônibus.
Segundo o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, o produto utilizado é biodegradável e pode ser aplicado sem contraindicações, pois não afeta as pessoas que circulam nos ambientes. “Já usada na avicultura, a sanitização visa a inativação do agente viral presente no ambiente através da desinfecção química. A técnica é uma forma que encontramos para interferir na cadeia de transmissão do novo coronavírus e tentar minimizar os riscos da nossa população contrair a Covid-19. Mesmo com a comprovada eficiência do produto, é importante que as pessoas estejam atentas e não descuidem das orientações de higiene pessoal e recomendações de isolamento social”, reforça o gestor, que é médico infectologista.
Adotada também por países como Espanha e China (na cidade de Wuhan), que também vêm enfrentando a pandemia da Covid-19, e por outras cidades brasileiras, a sanitização será feita, no Recife, por mais de 160 profissionais, entre eles os Agentes de Saúde Ambiental e Controle de Endemias (Asaces). Eles usarão os devidos Equipamentos de Proteção Individual (EPI). O cronograma das atividades será dividido em três turnos, de segunda a sexta-feira, e também nos fins de semana, em regime de plantão.
Segundo o gerente de Vigilância Ambiental do Recife, Jurandir Almeida, a sanitização poderá inativar qualquer agente viral presente nos ambientes que ofereçam riscos à proliferação da Covid-19. “Como o vírus pode permanecer por algumas horas em superfícies como metal, vidro ou plástico, esse processo de desinfecção química será uma forma de prevenção e controle da doença. Quando aplicado, o produto forma uma camada protetora que mantém o local livre do vírus e outros micro-organismos”, destaca o gestor.