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| 28.04.14 - 10h17

Mais dois supermercados são interditados pela Vigilância Sanitária

No Sttyllo, as atividades do açougue foram suspensas, enquanto no Frutão, toda a loja foi fechada

Mais uma fiscalização em prol do consumidor e da saúde pública resultou em interdição de dois supermercados da Capital pernambucana nesta quinta-feira, 24. Desta vez, os supermercados interditados pela Vigilância Sanitária do Recife (Visa-Recife) foram o Frutão e o Sttyllo, ambos localizados na Estrada de Belém, no bairro de Campo Grande, na Zona Norte da Cidade. A ação conjunta envolveu Procon, Ministério Público, Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro) e Ipem e Delegacia do Consumidor.

No caso do Frutão, a interdição foi total. O estabelecimento foi fechado por apresentar 146,32 quilos de alimentos vencidos ou impróprios para consumo, 520 litros de saneantes (materiais de limpeza) sem procedência, falta de licença de funcionamento do açougue, temperatura inadequada na ilha polar e condições de higiene precárias. A loja ficará fechada por 05 dias, período que terá para corrigir os problemas e atender às exigências da Visa-Recife.

Segundo a gerente da Vigilância Sanitária, Adeilza Ferraz, a operação identificou problemas de manutenção na ilha polar de laticínios. "Encontramos muitos alimentos em temperatura inadequada, irregularidade bastante comum nas interdições que temos feito, mas o que mais nos chamou atenção foram as condições precárias de higiene e a quantidade de baratas e fezes de roedores encontradas", salientou.

No depósito da loja foram encontrados alimentos armazenados no chão, em meio à sujeira, insetos e condições insalubres. Outro ponto alarmante foi a presença de inseticidas na prateleira das frutas e verduras. “Como aqui tem muita barata, suspeitamos que eles usam o veneno para pulverizar as frutas e espantar e matar os insetos. Isso é inadmissível”, pontuou.

No supermercado Sttyllo a situação foi um pouco menos grave. O estabelecimento teve o açougue interditado por 05 dias, por não apresentar licença de funcionamento emitida pela Adagro. Foram apreendidos e inutilizados cerca de 311 litros de material saneante sem procedência. A venda de produtos sem registro, contudo, é considerada crime hediondo e é inafiançável. A pena para quem comete esse tipo de crime é de 10 a 15 anos de detenção.

Os gerentes de ambos os estabelecimentos foram autuados em flagrante e encaminhados para a Delegacia do Consumidor para prestar esclarecimentos. De acordo com o delegado Roberto Wanderley, os funcionários serão indiciados por crime contra o consumidor, pela venda de produto impróprio ao consumo humano, e crime contra a saúde pública, pela venda de produtos sem procedência. Eles poderão ser liberados após pagamento de fiança e responder o processo em liberdade.

As empresas terão 15 dias para apresentar as defesas. As multas a serem estipuladas pela Visa-Recife podem variar de R$ 40 a $R 400 mil, além das multas a serem estipuladas pela Adagro e pelo Procon. Os estabelecimentos também responderão a um processo administrativo.