NOTÍCIAS

Cultura | 28.05.12 - 18h09

Após um ano, projeto turístico já mostrou história recifense para mais de duas mil pessoas

Projeto Conheça o Recife acontece todos os sábados e realizou 45 circuitos, apresentando a história de bairros, pontes, igrejas entre outros pontos turísticos

Por Alessandra Raposo

Pontes, ruas, museus, casas centenárias, fortes, igrejas, bairros históricos fazem do Recife um museu a céu aberto. Com 475 anos de história, a cidade tem muito o que contar aos próprios recifenses. Muitas vezes, os cidadãos passam distraídos pela Rua da Imperatriz, no número 247, e não sabem que ali morou o abolicionista Joaquim Nabuco. Atravessam a Ponte Maurício de Nassau sem saber que no local foi construída a primeira ponte do Brasil. Não sabem que o bairro da Madalena foi residência de vários barões do açúcar do século XIX.  

Desde maio de 2011, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Turismo, leva recifenses para conhecer a história de pontos turísticos, bairros, igrejas, museus, teatros, personalidades, pontes, estádios de futebol e parques. A ideia é sensibilizar e conscientizar o recifense do potencial turístico existente na própria cidade para que, assim, possa repassar para os visitantes.

Em um ano, foram realizados 45 circuitos com a participação de mais de duas mil pessoas. A cada sábado, um roteiro diferente é realizado com guias de turismo bilíngues e ônibus climatizados. Já foram feitos circuitos para contar a história dos bairros do Recife, Santo Amaro, Santo Antonio, São José, Boa Vista, Casa Forte, Várzea, Derby, Apipucos, Casa Amarela, Morro da Conceição, Bomba do Hemetério, Madalena, Dois Irmãos, Boa Viagem, Graças, Soledade, Pina e Poço da Panela.

Ilustres moradores do Recife que ajudaram a contar a história da cidade também foram contemplados nos passeios, entre eles: Frei Caneca, General Abreu e Lima, Cícero Dias, Abelardo da Hora e Delmiro Gouveia. Outra face da história do Recife abordada pelo projeto foi a ligação da cidade com outros países. A “veneza brasileira” é a segunda cidade do País que possui mais elementos franceses em ferro do século XIX. Por isso, foi realizado um roteiro sobre as influências francesas. A PCR também montou o circuito inglês e outro holandês.   

A história e a cultura recifense revelam verdadeiros tesouros. No centro da cidade e nos bairros, igrejas de diversos estilos e épocas ajudam a contar essa história. O Conheça o Recife já visitou igrejas tradicionais como a Madre de Deus, Matriz da Várzea, Matriz da Boa Vista, Santa Cruz, Livramento, Basílica da Penha, Santa Rita de Cássia, Terço, Capela Dourada, Batista da Capunga, Basílica de Nossa Senhora do Carmo e Convento de São Félix.

A cena cultural e pontos de destaque da culinária da cidade também foram alvo do projeto. Visitantes conheceram os memoriais Luiz Gonzaga e Chico Science, Centro de Formação em Artes Cênicas, Centro de Design do Recife, MAMAM no Pátio, o Núcleo de Cultura Afro Brasileira entre outros museus e teatros.  Além disso, a tradição e os sabores dos mercados públicos da cidade também estiveram no circuito.

Para contar as características da principal festa da cidade, a Secretaria de Turismo fez ainda um circuito especial chamado Roteiro do Carnaval. O passeio visitou o Monumento ao Maracatu, Memorial do Frevo, ambos do artista plástico Abelardo da Hora, Palácio do Galo da Madrugada, Centro Cultural dos Correios que apresentou a exposição Estandartes de Mestre Salustiano e sede do Grêmio Recreativo Gigante do Samba.

A história dos ilustres moradores das ruas da Aurora, Bom Jesus, Barbosa Lima, Padre Inglês, Benfica, Marquês de Olinda, Madre de Deus, Tomazina, Moeda, Alfredo Lisboa, Apolo, Guia, e do Imperador também foram contadas. Até os cemitérios de Santo Amaro e o Inglês, e os estádios do América, Sport e Náutico fizeram parte do roteiro turístico.

O Recife ainda tem muitos lugares para serem desvendados, muitos trazem uma história que o próprio recifense ainda não conhece. A ideia é embarcar nessa viagem de descobertas e novos conhecimentos sobre a cidade, aumentando o amor pela capital pernambucana.