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Saúde | 28.07.22 - 12h33

Secretaria de Saúde do Recife tem quatro trabalhos sobre hanseníase premiados em edital do Ministério da Saúde

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Projetos contribuem para qualificar as ações de saúde para controlar a doença e melhorar o cuidado às pessoas acometidas pela hanseníase no país. (Foto: Divulgação/Sesau)

 

A Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife teve quatro trabalhos premiados no Edital de Mapeamento de Experiências Exitosas em Hanseníase do Ministério da Saúde (MS) sobre a iniciativa. As atividades, que foram desenvolvidas nos Distritos Sanitários (DS) 2 e 7 (que compreendem bairros da Zona Norte da capital pernambucana), vão receber menção honrosa do órgão federal e serão incluídas em publicação específica - um dos projetos também será contemplado com um registro audiovisual. Os trabalhos foram classificados entre mais de 40 atividades realizadas na atenção primária e secundária à saúde, das cinco regiões do país. 

De acordo com o MS, o objetivo deste edital foi de cartografar experiências exitosas do Sistema Único de Saúde (SUS) no enfrentamento da hanseníase, a fim de qualificar as ações de saúde para controlar a doença e melhorar o cuidado às pessoas acometidas por esta enfermidade.

O projeto “Cuidando de quem cuida: olhar ampliado junto aos profissionais de saúde acometidos pela hanseníase”, desenvolvido pela coordenação de hanseníase e tuberculose do DS 2, ficou entre as três experiências mais bem ranqueadas do país, sendo a única do Nordeste. A iniciativa, além de receber a menção honrosa, ainda terá um documentário produzido pelo Ministério da Saúde. 

“Depois de realizar algumas ações relacionadas à hanseníase voltadas aos usuários das unidades de saúde, fizemos também com os profissionais e percebemos alguns trabalhadores da rede municipal acometidos pela doença. E então surgiu a ideia de um grupo de apoio e acolhimento para ajudar os colegas”, destaca Amanda Queiroz, coordenadora de Hanseníase do DS 2 e responsável pelo projeto.

A pretensão era ressignificar olhares, percepções e fortalecer a rede intersetorial. “O ganho foi coletivo, como teria que ser quando nos relacionamos e nos dispomos a ouvir e estar com o outro. A troca nos tornou mais sensíveis aos anseios, angústias e necessidades individuais das pessoas acometidas pela hanseníase”, completa.

Os demais trabalhos premiados são “Estratégia para aumento da detecção de casos novos de hanseníase no território do Distrito Sanitário VII em Recife, aplicação de um plano de intervenção”; “Estratégia de matriciamento para profissionais de saúde das unidades silenciosas no Distrito Sanitário VII”; e “Coral Grupo Saúde: fruto de um grupo de autocuidados”. As ações foram realizadas no DS 7 e também receberam menção honrosa do Ministério.

O foco destes trabalhos foi identificar as áreas e as unidades mais silenciosas para detecção da hanseníase no Distrito 7 e fazer uma intervenção nelas. “Foram várias etapas, entre estudo epidemiológico, aplicação de parâmetros para incidência, mapeamento dos casos com objetivo de classificar as unidades que receberiam um plano de intervenção. Foi proposto também um curso para Atenção Básica e Vigilância em Saúde com intuito de preparar os profissionais de todas as áreas para a suspeição de casos novos de hanseníase, além do manejo adequado dos pacientes diagnosticados”, detalha a coordenadora de hanseníase do DS 7, responsável pelo projeto, Mônica Sousa.

Outro trabalho premiado é o “Coral Grupo Saúde: fruto de um grupo de autocuidados”, que foi desenvolvido na Policlínica Clementino Fraga, no Vasco da Gama, com pacientes que se curaram ou ainda estão em tratamento da hanseníase. “A maioria dos membros tem sequelas da doença e essa é uma forma de fortalecê-los. Este grupo é o mais antigo do estado de Pernambuco e sempre é reconhecido pelas suas atividades, além de ser referência para todos os municípios do Estado”, destacou Mônica, que também participa deste projeto.