Sábado de muita dança no Recife
Penúltimo dia de programação 22º Festival de Dança do Recife, o sábado terá atividades durante todo o dia. O hip hop toma conta do oitavo dia de espetáculos do festival com uma maratona de apresentações, das 14h às 21h, no Compaz Eduardo Campos, no Alto Santa Terezinha. O grupo Ginga B.boys e B.girls, da Associação Metropolitana de Hip Hop não deixará ninguém parado com a Batalha de Hip Hop. O evento contará com a participação de 20 Crews de Breaking, além do DJ Stanley e do Mestre de cerimônia BBoy Chitos.
A noite de hoje também será de dança no Teatro Hermilo Borba Filho, com o espetáculo Re/In-flexão: refletindo e criando novos caminhos com o frevo, da bailarina pernambucana, Valéria Vicente, que revive e discute diferentes maneiras de dançar o frevo.
Sétimo dia – A programação de ontem começou cedo com o espetáculo Na Mancha ninguém Pega, no Compaz Escritor Ariano Suassuna, que coloca as brincadeiras infantis no palco, de forma envolvente e divertida. As 16 dançarinas são crianças e adolescentes que fazem parte da Associação Em Cena Arte e Cidadania, do bairro dos Coelhos. Na apresentação, parlendas, charadas e brincadeiras de rua se entrelaçaram aos movimentos da dança. A brincadeira continuou com a Quadrilha junina Mirim, que animou todos com o espetáculo Se Essa Rua Fosse Minha, retratando a história de pessoas que amam o lugar onde nasceram.
À noite, a programação artística começou com a apresentação do espetáculo Graxa, do Projeto Graxa, no Teatro Barreto Junior, tratando da brutalidade e suavidade de movimentos e fluxos que permeiam a vida e a dança. No Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu, a última mostra de coreografias do festival, dedicada ao estilo clássico, arrancou suspiros e aplausos da plateia. As coreografias foram apresentadas pela paulista São Paulo Cia de Dança e os pernambucanos Ballet Simone Monteiro, Cia Carol Lemos D´ançarte, Ária Social e Cia Endança e Ballet Claudia São Bento.
A universitária Deise Marroquim, 42 anos, ficou muito feliz em assistir a grandes números de balé clássico. “Sempre fui apaixonada por balé, mas quando era criança não tive condições. Agora, adulta, estou realizando esse sonho de dançar. Estar no festival é maravilhoso, pois posso aprender com essas bailarinas. Vou sair daqui ainda mais motivada”.
A professora de balé, Edileine Peres, de 50 anos, trouxe algumas alunas para assistir de perto um espetáculo clássico. “Além de motivar ainda mais essas crianças que sonham em ser bailarinas, pude matar a saudade e prestigiar tanta gente maravilhosa que subiu nesse palco”, disse Edileine.
A distância não foi empecilho para Luana Gusmão, moradora de Moreno, levar a filha de apenas sete anos para ver a programação no Luiz Mendonça. “A professora de balé nos falou sobre o festival e mostrou a importância de ela assistir pela primeira vez um espetáculo de balé clássico. Ela amou, não piscou o olho”, disse a mãe orgulhosa.
A estudante de psicologia e bailarina, Bárbara Nascimento, 19 anos, não perde uma edição do festival. “Esse evento tem muita importância para nossa cidade. Estou muito feliz em conhecer um pouco mais sobre a dança e assistir aos solos. Fiquei encantada”, concluiu a estudante, acompanhada da mãe e da irmã.
Já a agrônoma Alexandra Andrade, 43 anos, não conhecia o evento. Aceitou o convite de uma amiga, na noite de ontem, e se surpreendeu com a programação. “Tudo foi maravilhoso! Ver apresentações com um preço acessível, em um lugar lindo e seguroé muito bom. Um grande incentivo para conhecermos nossos teatros, nossa cultura e a de outros estados”.
Confira a programação dos últimos dias de festival:
ESPETÁCULOS
- Dia 28
Re/In-flexão - De Valeria Vicente (PE), às 19h, no Teatro Hermilo Borba Filho
A Batalha de Hip Hop – Do grupo Ginga Bboys e Bgirls, da Associação Metropolitana de Hip Hop, das 14h às 21h, no Compaz Eduardo Campos
- Dia 29
Memória de Brinquedo – Curitiba Cia de Dança (PR), às 20h, no Teatro Luiz Mendonça