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| 29.03.12 - 14h35

Secretaria de Saúde reforça a inspeção dos alimentos mais consumidos na Semana Santa

Iniciativa pretende assegurar a qualidade do que é vendido à população
 
Por Tádzio Estevam
 
A Vigilância Sanitária do Recife intensificou a fiscalização dos locais que comercializam alguns dos produtos mais consumidos durante o período da Quaresma e Semana Santa, como pescados, crustáceos, azeite, chocolate e bombons. A iniciativa pretende assegurar a qualidade do que é vendido à população. O reforço teve início na segunda quinzena de março e só termina depois da Sexta-Feira da Paixão (6).
 
Segundo Emília Resque, assessora técnica da Vigilância Sanitária do Recife, em anos anteriores, os maiores problemas encontrados envolviam o acondicionamento inadequado e a falta de espaço para guardar os produtos. “Como o consumo aumenta nessa época, alguns vendedores compram mais do que a capacidade dos estabelecimentos podem suportar, trazendo possíveis riscos à saúde”, explica.
 
A assessora chama a atenção para as condições de estocagem desses alimentos. “O comerciante deve ficar atento a um fator importante para os pescados frescos, que devem estar sob refrigeração ou mantidos sob uma espessa camada de gelo, enquanto os congelados não podem ser descongelados e depois congelados novamente. Para os pescados industrializados a temperatura deve ser de acordo com o escrito no rótulo da embalagem. É bom lembrar que os pescados são alimentos altamente perecíveis, devendo obedecer a estes critérios”, destaca.
 
“No ato da compra, o consumidor deve observar quatro itens fundamentais: local de venda (limpo e organizão); o manipulador (bata limpa, cabelo preso, e com luvas); o acondicionamento do pescado e as características próprias do pescado (cheiro, cor, guelras avermelhas e resitentes ao abrir, olhos salientes e brilhantes etc). Na compra de mariscos, por exemplo, alguns vendedores colocam produtos, como o cloro para mascarar o cheiro”, diz Emília. Outros fatores que podem denunciar a má conservação do peixe são a quantidade de água (gelo derretido) no qual ele está mergulhado, a ausência de etiqueta com a data de validade e a coloração do animal. “Quando ela não é característica do peixe, é porque tem algo errado”, diz.
 
Em relação aos ovos de Páscoa e similares, os compradores devem observar o prazo de validade, a integridade da embalagem do doce e o seu acondicionamento. A atenção deve ser grande principalmente se o item for de fabricação caseira, já que muitos não possuem o endereço do fabricante na embalagem. Pescados, crustáceos e chocolates contaminados, quando ingeridos, podem causar problemas gástricos e intestinais. Entre os principais sintomas estão náuseas, vômito, diarréia, febre, dores abdominais e de cabeça, podendo, em alguns, casos levar a morte.
 
Quem quiser tirar dúvidas sobre o assunto ou fazer denúncias de irregularidades no comércio dos pescados e chocolates pode telefonar para a Ouvidoria Municipal de Saúde, no número 0800.281.1520. O serviço funciona de segunda a sexta, das 7h às 19h. A ligação é gratuita.

Confira algumas dicas para a compra.