Secretaria de Saúde do Recife participa de ação contra a Hanseníase
O evento foi realizado nesta quinta, na Praça do Carmo, em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde e a Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional Pernambuco. (Foto: Ivanildo Francisco/PCR)[/caption]
A hanseníase é uma doença que atinge a pele e os nervos, podendo afetar a face e partes do corpo. A doença tem cura e se não for tratada, pode causar enfermidades ou deformidades nas mãos, pés, nariz, orelhas e olhos. Para conscientizar a população sobre a importância do tratamento e sintomas da doença, a Secretaria de Saúde do Recife em parceria com a Secretaria de Saúde Estadual e a Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional Pernambuco realizou, nesta quinta, das 9h às 16h, na Praça do Carmo, uma ação alusiva ao Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase. O dia é lembrado todo último domingo do mês de janeiro.
A coordenadora do Programa de Doenças Negligenciadas do Recife (Sanar), Ariane Bezerra, falou da importância de ações para alertar a população. “Iniciativas como esta ajudam a descobrir novos casos, já que as pessoas não dão a devida atenção as manchas”, salientou. Ariane também disse que as pessoas muita vezes desistem do tratamento por ser demorado, variando de seis meses a um ano, dependendo do caso. “O Sanar Recife vai à busca dessas pessoas em suas casas, onde elas estiverem, para ajudar na continuação do tratamento”, destacou.
A dona de casa Maria José, de 55 anos, levou o neto Mauro Matheus de 11 anos para se consultar. “Eu vi na TV sobre a campanha e o trouxe porque ele tem uma mancha no braço há uns meses. Chegando aqui, o doutor constatou a doença. Vou fazer de tudo para ele não deixar o tratamento”, afirmou dona Maria. Já o ajudante de obra Ezídio da Silva, 51 anos, foi ao evento procurar atendimento. “Eu vim saber se essas manchas que eu tenho no rosto é a doença. Mas graças a Deus o médico disse que não. Se não fosse o evento, eu não teria ido ao médico, eu nunca dei atenção a elas, mas resolvi fazer o teste”, ressaltou.
A ação disponibilizou três consultórios e 300 fichas de atendimento. Os pacientes passaram por uma triagem e iam sendo encaminhados para os médicos. A pessoa que fosse diagnosticada com a hanseníase era referenciada para uma unidade de saúde mais próxima de sua residência, para começar o cuidado imediatamente. O tratamento é totalmente gratuito e pode ser encontrado em qualquer unidade de saúde do município e do Estado.